sábado, 31 de janeiro de 2009

O jovem e a proposta de Jesus


A reflexão religiosa da Igreja após o Concílio Vaticano II (1962 – 1965), gira em torno do seguimento de Jesus. Muitas pessoas podem até pensar que não há novidade em se dizer que é preciso seguir Jesus para se tornar cristão. Seguir Jesus é a missão de toda pessoa que professa a fé cristã, porque esta por sua vez, se traduz no seguimento. Se não há seguimento, também não há cristão.

A Palavra de Deus ensina o crente a seguir o Filho de Deus. Quem crer em Jesus aprende na a segui-lo caminhando. E qual é o caminho de Jesus? O caminho de Jesus é o amor. Quando se ama alguém e a vida, que é dom de Deus, isto é o caminho de Jesus. O amor é como que a “carteira de identidade” dos cristãos. O adulto que não tiver a carteira de identidade, ele perde muito direitos na sociedade e não pode circular livremente, porque não possui identificação. A mesma coisa acontece com aquele que não tiver amor, pois se não tiver amor não pode ser reconhecido por cristão, nem como seguidor de Jesus.

O amor é uma expressão que faz parte do cotidiano da vida humana. Muito se fala sobre o amor, mas apesar dos muitos gestos de amor que assistimos, o amor é pouco vivido. Muitos não sabem amar. Outros não entendem o amor. Outros ainda negam-se ao amor. Sem o amor a pessoa não se realiza. Não há ser humano sem amor. Se não existir amor, a pessoa se desumaniza, perde sua condição de ser humano. Não há ser humano no mundo que não goste de amar. Todos querem amar e serem amados. O amor é a essência da vida de Deus e da nossa vida. O amor dá sentido a vida, e esta perde seu sentido quando não há amor nas relações humanas.

Os jovens de nossa sociedade estão cada vez mais se distanciando do amor e perdendo o sentido da vida. Mas, apesar de tudo, é a juventude que mais sabe expressar à humanidade o verdadeiro valor do amor. A maior desgraça da humanidade é o número cada vez mais de jovens que não se deixam amar e que não são amados. Quem não é amado não pode ser feliz e nem permite a felicidade dos outros. A falta de amor gera ódio, violência, revolta, rejeição, crise, vingança e tantos outros males que afetam nossa sociedade. As pessoas não se cuidam mais, porque estão esquecendo o amor.

Só o amor é capaz de libertar a juventude mundial dos vícios que a escravizam. Por isso, a família, a escola, a igreja e a sociedade precisam despertar os jovens para amarem cada vez mais. A experiência do verdadeiro amor liberta a pessoa e a deixa feliz. É aí que os jovens verão se amam verdadeira e corretamente, se não perderam sua vida. O amor não escraviza, nem tona as pessoas infelizes. Diante disso, é preciso que os jovens se questionem e questionem a maneira de amar. Como estou amando? O que sinto é amor? Como estou me sentindo amando dessa forma? Isto é amor? São indagações necessárias.

Não há maior felicidade do que amar e ser livre. Aí está a realização do ser humano. O amor faz parte da vida das pessoas que são livres. E quem é livre está em paz consigo mesmo, com o mundo e com Deus. Deus está presente na pessoa que ama, porque Ele é amor. A liberdade é como o amor, é uma riqueza que faz parte da essência da pessoa que crer e segue Jesus. Quem ler o Evangelho descobrirá que Jesus era um homem realizado porque amava e era livre. E a liberdade e o amor de Jesus nos libertam e nos tornam livres. Esta é a proposta de Jesus: amar e ser amado; ser livre e ajudar na libertação de nossos irmãos e irmãs.

Tiago de França da Silva