sexta-feira, 5 de junho de 2009

Dia Mundial do Meio Ambiente


Hoje é o Dia Mundial do Meio Ambiente. O que temos para comemorar? Infelizmente quase nada. A situação do planeta está cada vez pior. Constatamos todos os dias a morte da Terra, conseqüentemente morremos juntos com ela. Não há escapatória, pois somos parte da Terra. O homem continua acreditando que o sistema capitalista pode salvá-lo da catástrofe que se aproxima. Desde sua origem, o capitalismo tem provado que não soluciona o problema do homem, mas agrava-o cada vez mais. A economia capitalista é baseada na alta tecnologia e nos altos investimentos sem a menor preocupação com a vida da Terra, mas com o crescimento da riqueza e do lucro.

A crise financeira internacional preocupa a todos, principalmente os países ricos, que não aceitam ficar pobres. Os ricos não se imaginam pobres, pois ficam depressivos e agressivos. Gastam trilhões de dólares para se manterem ricos! Poluem e desmatam sem medida, somente preocupados com a perda das riquezas. Querem levar uma “vida boa” à custa da morte da natureza e da exploração do homem pelo homem. A lei do mercado é comprar, consumir. O homem, muitas vezes, torna-se tão desumano que sabe que a morte da Terra está se dando aos poucos e se torna insensível diante do sofrimento da natureza. Esta está cada vez mais irada e violenta, mas o homem ainda não parou para pensar. Os que pensam e denunciam as injustiças são os que menos poluem a Terra. As nações ricas e tidas como desenvolvidas debatem o problema, mas não assumem posturas éticas em relação à vida da natureza.

“A humanidade é parte de um vasto universo em evolução. A Terra, nosso lar, é viva como uma comunidade de vida incomparável. As forças da natureza fazem da existência uma aventura exigente e incerta, mas a Terra providenciou as condições essenciais para a evolução da vida. A capacidade de recuperação da comunidade de vida e o bem-estar da humanidade dependem da preservação de uma biosfera saudável com todos seus sistemas ecológicos, uma rica variedade de plantas e animais, solos férteis, águas puras e ar limpo. O meio ambiente global com seus recursos finitos é uma preocupação comum de todos os povos. A proteção da vitalidade, diversidade e beleza da Terra é um dever sagrado” (Carta da Terra). A vida depende da preservação da natureza. Não adianta sonhar com um futuro melhor para a humanidade se a sociedade mundial atual não promove nem preserva a natureza. A Carta da Terra deveria ser mais lida e pensada junto a todos os segmentos da sociedade mundial, pois a mesma faz ressoar um grito de socorro em nome da vida do planeta e da humanidade.

A Amazônia continua sendo explorada. As ações governamentais estão voltadas para a crise financeira, apesar da luta do Ministério do Meio Ambiente na defesa da Amazônia. Infelizmente, foi aprovada pelo Presidente Lula a Medida Provisória nº 458, de 10 de fevereiro de 2009. O artigo 1º desta diz: “Esta Medida Provisória (MP) dispõe sobre a regularização fundiária das ocupações incidentes em terras situadas em áreas da União, no âmbito da Amazônia Legal, definida no art. 2o da Lei Complementar no 124, de 3 de janeiro de 2007, mediante alienação e concessão de direito real de uso de imóveis”. Com esta MP a ocupação das terras da União no âmbito da Amazônia Legal deixa de ser criminosa e torna-se legal. O Governo brasileiro foi muito infeliz ao aprovar esta MP, pois a mesma enfraquece a luta pelo fim da grilagem das terras amazônicas.

É preciso que toda a sociedade brasileira tome conhecimento do que está acontecendo. Não podemos cruzar os braços diante das injustiças cometidas contra a natureza. Onde quer que estejamos, precisamos viver ecologicamente bem e denunciar os abusos contra a vida da natureza. Isto é possível a partir do momento em que tomarmos consciência do perigo que nos ameaça e da situação ecológica do meio em que vivemos. Preservemos e promovamos a vida da natureza, pois somos parte dela. A morte da natureza é a nossa morte. Viva a vida, viva a natureza!

Tiago de França da Silva

2 comentários:

Tarciso Júnior disse...

É urgente a necessidade de implantar políticas públicas eficazes que possam possiblilitar um refreamento da rápida e avassaladora poluição. Medidas paleativas?! rsrs... já estamos cheios! Parabéns Tiago pelo o artigo. Continui falando do meio ambiente que precisa tanto de nossa ajuda.

Tiago de França disse...

Caro irmão Tarciso,
obrigado pelas palavras, com as quais concordo plenamente!