domingo, 8 de novembro de 2009

Relatório da ONG Save the Children


Mais uma vez as notícias sobre a situação climática do planeta não são boas. Lendo o caderno Ciências do jornal Diário de Minas, edição deste domingo (08/11), encontrei o resultado sintetizado do relatório Feeling the heat – child survival in a chanching climate (sentindo o calor – a sobrevivência das crianças nas mudanças climáticas) da ONG Save the Children, lançado em Barcelona sobre as mudanças climáticas. Antes de apresentá-lo, peço ao leitor que não perca a esperança, pois, apesar das notícias não muito boas, precisamos continuar acreditando na vida. Acreditar na vida é alimentar a esperança que nos leva a posturas éticas em nosso relacionamento com o meio ambiente. Os números abaixo retratam nossa realidade. Não nos excluamos, nem fechemos os olhos diante dela. Os números denunciam a falta de consciência do homem na sua relação com a mãe natureza.

- 2 milhões de crianças com menos de 5 anos morrem anualmente por causa de doenças de fácil prevenção e tratamento. Cerca de 85 mil óbitos estão relacionados com as mudanças climáticas;

- Os casos de diarréia deve aumentar entre 2 e 5 por cento em 2009 nos países com renda per capita anual menor que US$ 6 mil. Em algumas partes da África, o aumento poderá ser de 10%;

- A malária já é responsável pela morte de 1 milhão de crianças por ano, sendo que 80% têm menos de 5 anos. Na África, a cada 30 segundos, uma criança morre em decorrência da picada do mosquito transmissor;

- Estima-se que, em 2050, 25 milhões de crianças estejam subnutridas;

- 45 milhões de pessoas passam fome no mundo como resultado direto da mudança do clima. A previsão é de que esse total aumente entre 80 e 210 milhões nas próximas décadas;

- 325 milhões de pessoas já são seriamente afetadas pela mudança climática. Quatro bilhões de pessoas estarão vulneráveis no futuro e 500 milhões se encontrarão em risco extremo;

- O percentual de territórios que sofrem severos períodos de seca passou, nos últimos 10 anos, de 1 para 3 por cento. A estimativa é que o índice chegue a 8% em 2020 e a 30% no fim do século;

- As safras de alimentos devem diminuir por volta de 50% na África em 2020. Em algumas partes da Ásia, é esperada a queda de 20%,

- Fontes de água potável vão secar, deixando 1,8 bilhão de pessoas a mais sem acesso à água por volto de 2080.

A tomada de posição por parte dos países emissores de dióxido de carbono é urgente, principalmente os EUA, que são os maiores poluidores. Se estas informações passarem despercebidas, não sei o que será do futuro da humanidade.


Tiago de França

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