Deus permanece conosco
Caros amigos e amigas,
irmãos e irmãs no Cristo Jesus,
Graças e paz!
A celebração anual do Natal de Jesus nos traz uma grande
alegria, pois sabemos que a encarnação de Deus no mundo é o maior gesto de amor
que este mesmo Deus fez por cada um de nós. Sua vinda nos trouxe a esperança de
um mundo novo, marcado por justiça e paz.
O
nascimento de Jesus é a prova de que Deus permanece com seu povo, ajudando-o em
suas lutas por libertação. Esta permanência divina é fruto da fidelidade
divina, fidelidade que nos convida à ação amorosa para com nossos irmãos e
irmãs. Apesar de nossas infidelidades, Deus permanece fiel, e é por isso que
Ele jamais nos abandonará. Nossa fé em Jesus nos concede esta feliz alegria.
Neste sentido, contemplando esta fidelidade de Deus que nos
concede a certeza de sua presença amorosa no meio de nós, precisamos nos
perguntar, com sinceridade e verdade de consciência: Como tenho celebrado,
anualmente, o nascimento de Jesus? Qual tem sido o efeito dessa celebração em
minha vida? Tenho, de fato, conformado a minha vida ao verdadeiro significado do
Natal de Jesus?...
Estas
e outras perguntas nos levam a pensar em nossa maneira de celebrar o Natal, a
fim de nos libertarmos do falso Natal, que não passa de uma festa com muita
comida e bebida, trocas de presentes e felicitações superficiais, sem a
presença de Jesus. O Natal mercadológico não é o Natal de Jesus.
Infelizmente, temos que admitir que inúmeros daqueles que
se dizem cristãos não celebram o Natal de Jesus, mas consideram esta data mais
um feriado e, assim, o Filho de Deus cai no esquecimento. Quem se deixa levar
por esta terrível tentação, ganha as ruas e avenidas, dominados pelo espírito
capitalista, para consumir, desenfreadamente.
O
mercado os convenceu de que não pode existir Natal sem consumo. Quem não consome
não celebra o Natal. Nesta realidade, a acolhida do Cristo que vem se torna
assunto desnecessário, chato, incompreensível e estranho. Geralmente, as
pessoas não tem tempo sequer para pensar em Jesus. Algumas procuram participar,
mecanicamente, da Missa de Natal. Das que vão à Missa, poucas se interessam em
compreender o sentido humano e espiritual da encarnação de Deus na humanidade.
O Natal de Jesus nos exige conversão de vida. Olhando
para a situação do mundo atual, visivelmente percebemos que a humanidade carece
de autênticas testemunhas da encarnação do Verbo de Deus. Nossa
conversão pessoal e eclesial passa, necessariamente, pela abertura ao amor.
Abrir-se ao amor é abrir-se ao outro.
Torna-se
cada vez mais urgente nos entregarmos ao amor, para que cesse a indiferença.
Somente através do mandamento do amor, amando-nos mutuamente, à maneira de
Jesus, é que conseguiremos nos libertar de todo o mal que assola a humanidade. Por
que há guerras, suicídio, preconceito, racismo, intolerância, esquecimento do
outro, abandono, ostracismo, calúnia, difamação, injúria, infidelidade no
casamento e nas relações interpessoais, crises (financeira, política, moral,
religiosa, espiritual), e tantos outros males? A resposta é simples: As
pessoas estão fugindo do amor, encerrando-se numa vida de aparência, caindo no
vazio existencial. Estas pessoas, vazias e superficiais, levam uma vida
sem sentido, entregues aos prazeres passageiros e fúteis, alienadas e escravas
de si mesmas, são frustradas e infelizes.
Desejo a cada um de vocês, neste Natal e no que ano novo
que se aproxima, que Jesus de Nazaré possa ser o centro de vossas vidas. Que a
liberdade de filhos e filhas de Deus possa se tornar realidade em cada um, e
que as dificuldades e desafios não consigam abatê-los. Vamos manter nossos
olhos fixos em Jesus e nos deixarmos alcançar pelo seu amor, pois é este amor
que nos liberta de todo mal e nos conduz ao Reino de Deus. Assim, despeço-me,
pedindo-lhes que rezem por mim.
FELIZ NATAL E UM ANO NOVO REPLETO DE AMOR,
ESPERANÇA, FÉ, SAÚDE E PAZ!
Fraternalmente, no Senhor,
Tiago de França da Silva
Desde Belo
Horizonte – MG, 23 de dezembro de 2015.
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