quinta-feira, 30 de junho de 2016

No amor encontramos tudo!

Estou cada vez mais convencido da verdade do versículo bíblico que afirma, categoricamente: 'Tudo concorre para o bem dos que amam a Deus!' Quando se ama de verdade, nada perdemos. No amor, encontramos tudo. Nada nos falta.

Tiago de França 

terça-feira, 28 de junho de 2016

Por que o deputado Jair Bolsonaro possui tantos admiradores no Brasil?

      Cremos que o leitor deve saber quem é Jair Bolsonaro. Trata-se de um deputado federal pelo PSC, do Rio Janeiro. Nascido em Campinas, em 1955, é militar da reserva e cumpre, atualmente, seu sexto mandato na Câmara dos Deputados. Nas últimas eleições, foi o deputado mais votado do Rio de Janeiro. É conhecido por defender a ditadura militar e por considerar a tortura uma prática legítima; é inimigo do comunismo e alinhado aos discursos de extrema-direita.

No dia 21 de junho se tornou réu por incitação ao estupro no Supremo Tribunal Federal, pois em dezembro de 2014, em discurso na Câmara, disse que não “estupraria” Maria do Rosário, ex-ministra de Direitos Humanos do governo Dilma, porque “ela não merecia”. Hoje, dia 28 de junho, o Conselho de Ética da Câmara instaurou processo contra ele por apologia ao crime de tortura. A instauração do processo no Conselho de Ética se deve ao fato de o deputado Jair Bolsonaro ter homenageado o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, reconhecido pela justiça brasileira como torturador no período da ditadura militar (1964 – 1985), ao proferir seu voto na votação de abertura do processo de impeachment na Câmara, realizada no dia 17 de abril deste ano.

Sucintamente, este é o perfil do mencionado deputado. Para conhecê-lo melhor basta escutar seus discursos na Câmara e nas entrevistas que concede aos jornais e nas redes sociais. A respeito das duas situações apontadas no parágrafo anterior, que o levaram aos processos devidamente instaurados, cremos que não precisamos nos demorar muito para que o leitor perceba que se tratam de situações criminosas. Quando um homem se dirige a uma mulher, afirmando que não a estupra porque ela não merece, fica patente a incitação ao estupro. E se ela merecesse, ele a estupraria? Esta é a pergunta que revela a incitação.

Qualquer pessoa pode sentir vontade de estuprar alguém. A mera vontade, por mais doentia que seja, uma vez não exteriorizada nem materializada não constitui crime. Sentir vontade de matar uma pessoa não é crime, mas ameaçar e matar uma pessoa é crime. O mesmo se pode falar do estupro. No estado democrático de direito, no qual as pessoas tem o direito de ser respeitadas na sua dignidade, constitui crime qualquer incitação à violência, principalmente a violência de ordem sexual. No caso em questão, o deputado faltou com o respeito em relação a parlamentar. De acordo com as regras que norteiam a conduta no parlamento, a situação constitui crime e quebra de decoro parlamentar.

A imunidade parlamentar não confere respaldo a nenhum parlamentar cometer incitação ao crime. Considerando que a imunidade não é absoluta, nenhum parlamentar pode se utilizar dela para cometer crimes. Tal imunidade, prevista no art. 53 da Constituição da República, imuniza o parlamentar por suas palavras, opiniões e votos no exercício do mandato. Isto significa que a Constituição deseja resguardá-lo para que efetue sem embaraço o seu mandato, a serviço do bem comum. Portanto, quando o parlamentar se aproveita de tal imunidade para exteriorizar seus preconceitos e fobias, entende-se que a imunidade não o alcança. Afinal de contas, nenhum parlamentar digno de respeito necessita de recorrer ao preconceito e às fobias para o exercício ético de seu mandato.

O mesmo podemos afirmar quanto à homenagem feita pelo deputado Jair Bolsonaro ao falecido coronel Brilhante Ustra. Este coronel do Exército Brasileiro foi condenado, em 2008, pelo juiz Gustavo Santini Teodoro, da 23ª Vara Cível de São Paulo, por sequestro e tortura. Ele era chefe do DOI-CODI do II Exército, em São Paulo, órgão encarregado da repressão aos opositores da ditadura militar. Portanto, o coronel foi devidamente reconhecido como torturador.

Em plena Câmara dos Deputados, ao homenageá-lo, o deputado Jair Bolsonaro fez apologia à tortura. Isso é indiscutível. Se homenagear um torturador não constitui apologia à tortura, então constitui o quê? Patriotismo? Saudosismo? Mera opinião?... E para confirmar a veracidade do crime, ao prestar homenagem ao torturador, o deputado fez questão de acrescentar que o dito coronel era “o pavor de Dilma Rousseff”. Este acréscimo se deve ao fato de a Presidenta afastada ter sido torturada durante a ditadura militar. Isso não constitui apologia ao crime de tortura? Claro que sim. E se é apologia ao crime de tortura, o deputado quebrou o decoro parlamentar e seu mandato deve ser cassado na forma da lei.

Tendo analisado ambas as situações, vamos tentar responder à pergunta que intitula o presente artigo. O que significa admirar uma pessoa? Admira-se aquilo com o qual se identifica. Há uma identificação entre o admirador e o admirado. Por isso, é correto afirmar que quando admiramos alguém estamos nos identificando com a maneira de ser deste alguém. A via oposta também é verdadeira: Quando alguém nos desagrada, procuramos evitar porque justificamos que o que desagrada faz mal, não edifica. Sendo assim, os admiradores do deputado Jair Bolsonaro se identificam com ele, pois o consideram interessante. Aliás, mais do que interessante, o consideram como alguém digno de ser escutado, aplaudido e venerado. A veneração à sua imagem é tão grande, que se passou a cogitar a possibilidade de sua candidatura à Presidência da República. Para nós, isto é um grave problema e continuaremos demonstrando os motivos.

Somos um País formado por um povo conservador e violento. A imagem que se vende do Brasil, de que somos um povo pacífico e acolhedor, é falsa. Somos um povo sangrento. Os índices da violência estão aí para confirmar nossa tese. Segundo o Atlas da Violência 2016, publicado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, somente em 2014, foram assassinadas quase 60 mil pessoas no Brasil (59.627 homicídios). Somos um povo intolerante. Ignoramos as manifestações das diferenças culturais. Matamos pessoas por causa de sua orientação sexual, por causa de sua religião e por causa de sua condição social, entre outros fatores. Ainda consideramos o negro inferior ao branco. Cremos que por ser negra, a pessoa tende naturalmente ao crime. Enfim, são inúmeros os absurdos que se praticam entre nós.

Na política, podemos encontrar bancadas parlamentares intituladas “bancada da Bíblia”, “bancada da bala”, “bancada evangélica”, entre outras expressões do conservadorismo político. Misturamos política e moral. Insistimos na ideia de que a política precisa ser norteada por doutrinas religiosas, especialmente as mais fechadas, conservadoras e, portanto, ultrapassadas. Temos um discurso conservador, mas nossa conduta é duvidosa. O famoso “jeitinho brasileiro” revela a ética que vigora em nosso País: Ética da conveniência. A ética daquilo que me convém não constrói um País justo e fraterno, mas apenas legitima a continuidade da má política, que está a serviço da opressão dos mais fortes sobre os mais fracos.

Este espírito conservador e corrompido está por trás da admiração que muitas pessoas tem pelo deputado Jair Bolsonaro. Esta é a primeira premissa reveladora. Quem possui o mínimo de entendimento do significado de democracia, liberdade, direitos humanos, ética (não a da conveniência), autenticidade, integridade, reta intenção, diversidade etc., não se identifica com políticos da qualidade do Jair Bolsonaro. Não há democracia que sobreviva ao discurso ultraconservador. Por essência, todo conservador é antidemocrático porque não aceita a diversidade da cultura, da religião, dos modos de ser, de pensar e de viver. A pessoa conservadora não aceita o novo porque deseja conservar o que considera a verdade absoluta e inquestionável. Não é aberta ao diferente que as circunstâncias oferecem, diuturnamente.

Uma segunda premissa que precisa ser considerada é a sede de vingança que impera na sociedade brasileira. “Bandido bom é bandido morto!” Esta é a fala dos conservadores em matéria de violência. Defende-se a pena de morte, a prisão perpétua, a tortura e a lei do talião como instrumentos necessários para a erradicação da violência. Na verdade, tais instrumentos já constituem violência contra o ser humano. Nos Estados Unidos da América, onde vigora a pena de morte em alguns estados, podemos encontrar a maior população carcerária do planeta. Nos Estados Unidos, são mais de dois milhões de encarcerados. Isto é apenas um dos elementos que provam que a pena de morte não reduz a violência em lugar nenhum do mundo.

Não se resolve o problema da violência prendendo, torturando e matando pessoas. Quanto mais se prende, mais aparecem pessoas para serem presas. Violência somente gera violência. Os noticiários estão aí, diuturnamente, nos mostrando que somos uma nação sedenta de sangue, e o derramamento de sangue tende a aumentar porque queremos mais sangue. As pessoas não tem nenhum pudor em afirmar que são favoráveis à violência. Vivemos na cultura da eliminação do mais fraco. Sobrevive quem é forte.

Na Alemanha nazista, Hitler dizia que pessoas fracas não servem para viver, precisam ser eliminadas. Esta mentalidade ganhou o mundo. Em nossas relações interpessoais, somos vingativos. Se alguém nos incomoda e nos faz o mal, então procuramos estratégias para destruí-la, para eliminá-la do nosso campo de visão. Curiosamente, esta forma de pensar e de agir está presente no maior país cristão do mundo: o Brasil! De modo geral, os cristãos invocam Jesus, mas não aderem à cultura da paz ensinada por ele. O deputado Jair Bolsonaro se diz cristão, mas é a favor da tortura de seres humanos! Quem tem sede de sangue e se identifica com a cultura da eliminação do outro, o admira e venera.

Muitas outras premissas poderiam ser levantadas, mas estas são as principais, as mais reveladoras do que estamos assistindo hoje. Considerando o conservadorismo reinante no parlamento brasileiro, os pares do deputado Jair Bolsonaro irão absolvê-lo. Talvez o Supremo Tribunal Federal, formado por juízes togados, o condene. Talvez. Assim nos pronunciamos porque o Supremo tem decidido estranhamente em alguns casos, sem nenhuma preocupação com a justiça de muitas decisões. Por isso, queremos finalizar este breve artigo, indicando um possível remédio para a cura do mal da política brasileira. E que mal é este? O mal da política separada da ética, separada da promoção do bem comum e da dignidade da pessoa humana.

Em 1968, Paulo Freire, pensador da educação para a liberdade, publicou uma obra intitulada Pedagogia do Oprimido, na qual podemos encontrar o seguinte pensamento: “Somente quando os oprimidos descobrem o opressor, e se engajam na luta organizada por sua libertação, começam a crer em si mesmos, superando, assim, sua “convivência” com o regime opressor. Se esta descoberta não pode ser feita em nível puramente intelectual, mas da ação, o que nos parece fundamental é que esta não se cinja a mero ativismo, mas esteja associada a sério empenho de reflexão, para que seja práxis”. O que ele quis dizer com estas palavras? Vamos ousar algumas afirmações que podem traduzir o pensamento deste grande cientista da educação que, infelizmente, é tão esquecido por nós.

Primeiro, é preciso descobrir o opressor. Quem está oprimindo? Se as pessoas não conseguem enxergar a opressão, então jamais conseguirão se libertar. Quem não consegue detectar o opressor corre o risco de ver nele alguém que ajuda, que beneficia, sem o qual não se pode viver.

Segundo, é preciso engajamento de forma organizada, luta. Engajamento é sinônimo de ação no meio do mundo. A vida humana é ação e é na ação que o homem se transforma e se liberta. Trata-se de uma ação organizada, associada, planejada. Não estamos falando de movimento de gente arruaceira que não sabe o que quer. Isto não é ação, mas exposição ao ridículo, como temos assistido em muitas manifestações no Brasil.

Terceiro, é necessário crer em si mesmo. A crença em si mesmo supera a conivência com tudo aquilo que oprime e aliena. Crer em si mesmo é descobrir-se nas próprias capacidades. Não estamos falando de isolamento no próprio ego. Não se trata de egolatria. Não somos ilhas, somos interdependentes.

Por fim, é necessária reflexão, muita reflexão. Refletir sobre si mesmo e sobre o mundo. Levar a sério o empenho de reflexão significa descobrir as causas que levam à ocorrência dos fatos e aos contextos. Não existe libertação possível na negação do pensar.

Aos admiradores do deputado Jair Bolsonaro, resta-nos fazer um convite: Pensem sobre as seguintes perguntas, que julgamos fundamentais: Por que o admiro? O que há na personalidade dele que tanto me atrai? Por que somos idênticos na forma de pensar? Esta maneira de pensar é capaz de promover a igualdade entre as pessoas? Por que toda unanimidade tende ao retrocesso? Por que não ouso discordar? Vale a pena ser violento?... As possíveis respostas a estas perguntas, quando feitas na sinceridade a na verdade, podem ajudar muitas pessoas a se libertarem da imagem deste opressor de nosso cenário político. Estas são as provocações que pensamos em compartilhar no curto espaço destas reflexões.

Tiago de França 

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Sobre a liberdade cristã

Somente as pessoas que se deixam moldar pela força da palavra de Jesus é que podem experimentar a verdadeira liberdade. Esta é a verdadeira mensagem cristã: Fora da força da palavra de Jesus não existe liberdade possível. Para os que tem fé, este é o único caminho. Sem a palavra de Jesus, a religião serve somente para esconder a falta de fé, de amor e de esperança.

Tiago de França

terça-feira, 21 de junho de 2016

Recuperar a visão do outro. Pensamentos (XI)

Há uma cegueira do coração a ser enfrentada pelas pessoas no mundo atual. Esta cegueira se manifesta na falta se sensibilidade. Esta sensibilidade nos faz sentir a presença do outro. Este outro existe e está diante de nós. E nós não podemos ignorá-lo. A presença do outro requer visão, tato e ação. Precisamos recuperar o hábito sadio de olhar na pupila dos olhos do outro, dilatada pelos medos, pelas angústias, pelas tristezas, pelo assombro...

No mundo das artificialidades, do transitório, das evasões, das fugas, do descartável, das futilidades, do brilhantismo, da liquidez, da ausência de compaixão, da banalidade do mal, das incertezas, da total desorientação oriunda da ausência de discernimento, da multiplicação infinita das inúmeras formas de sofrimentos; neste mundo, precisamos recuperar a virtude da aproximação, do interessar-se pelas circunstâncias que compõem a vida do outro, suas histórias, seus desafios, seus sonhos...

O que será de cada um de nós se passarmos, sempre, a nos estranharmos e a nos ignoramos, reciprocamente?... Como sobreviveremos sobre a face da terra se não nos reconhecermos como membros de uma mesma família, a família humana?... O que há dentro do nosso interior que nos impede de olhar para os olhos apelativos do outro?... Como podemos ser felizes, entregando-nos à frieza e à indiferença?... Por que não combatemos essa mania diabólica, desumana e suicida de procurarmos somente o nosso bem em detrimento do outro?... Por que não buscamos nos libertar da vida segundo as aparências para vivermos uma vida autêntica e plena de sentido?...

“Conhecereis a verdade e a verdade vos tornará livres”, afirmou Jesus de Nazaré em seu Evangelho. A mentira nos torna prisioneiros de uma vida medíocre. Estamos vivos, cuidemos, portanto, em trilhar o caminho da verdade. Ainda temos tempo. Nunca é tarde para descobrirmos em nós a verdadeira felicidade. E somente há felicidade quando aceitamos a verdade. Qual verdade? A verdade daquilo que realmente somos, a verdade do outro, a verdade da realidade que nos cerca, sem ilusões, sem fugas, sem desculpas. Tudo é muito simples. A verdade é simples e humilde, é caminho para ser feliz.


Tiago de França

domingo, 19 de junho de 2016

Ausência

Quando o frio aperta, a gente apela para o café e para a poesia, a gente escreve, a gente é breve, a gente emudece...

Ausência 

Por muito tempo achei que
a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, 
aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento 
exclamações alegres,
porque a ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.


Carlos Drummond de Andrade


sábado, 18 de junho de 2016

Solidão

Na solidão aprendi a encontrar-me comigo mesmo. 
Há uma imensa liberdade a ser experimentada. 
Tudo é leve, sereno e silencioso. 
Tudo é paz. 
Felicidade.

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Prerrogativa de foro é foro privilegiado

No Brasil, a prerrogativa de foro se transformou em foro privilegiado. Uma prova disso é a decisão do ministro Teori Zavascki, decidindo a ação ajuizada pelo PSOL. Na ação, este partido questionou o fato do deputado Eduardo Cunha continuar dando uma despesa de mais de 541 MIL REAIS mensais aos cofres públicos (garantias de uso de residência oficial, segurança, transporte aéreo e terrestre, salário etc). O ministro entendeu que o acusado deve continuar recebendo o salário e as regalias.

Um trabalhador honesto tem que sobreviver, muitas vezes, somente com o salário mínimo (880 reais mensais), enquanto um deputado réu em processo em decorrência de roubo aos cofres públicos, afastado do exercício do mandato eletivo, sem fazer absolutamente nada, ganha 33.700,00 de salário mais as regalias do cargo. A esse absurdo chamamos INJUSTIÇA LEGALIZADA, devidamente confirmada pela Suprema Corte de Justiça do País. Cadê o panelaço da elite branca, que dizia que estava protestando contra a corrupção?!... Ah, já ia me esquecendo: os protestos era contra Dilma, Lula e o PT, nada mais. Hipocrisia!

Tiago de França

quinta-feira, 16 de junho de 2016

O amor: uma experiência rara. Pensamentos (X)

Maria namorava José e dizia que o amava, mas o traiu com uma estranha chamada Josefina.

Pedro casou com Margarida e dizia que a amava, mas quando se separaram, Pedro mandou matar Margarida.

Augusto ficou noivo de Priscila e esta dizia que o amava, mas Priscila o traía com o marido de sua amiga.

Rodrigo conheceu Anastácia pela Internet e dizia que a amava, mas quando não mais deu certo a relação virtual, Rodrigo publicou fotos de Anastácia nua nas redes sociais.

Armando, depois de 25 anos de casado, resolveu celebrar as bodas de prata com Amanda e esta dizia que o amava. Ao término da festa, quando se recolheram para dormir, escuta a seguinte declaração de Amanda: “Eu nunca te amei!”

Rodolfo casou com Núbia, e esta dizia que o amava, mas quando Rodolfo, após anos de casado, ficou impotente, sexualmente falando, Núbia passou a traí-lo com alguns amigos do grupo de casais da Igreja.

Camila conheceu João, que era professor. João, apaixonado pediu para casar com Camila, que se recusou. João tocou o barco e se tornou Juiz de Direito. De repente, apareceu Camila, que declarou: “Dá-me uma chance, João, pois você sabe que sempre te amei!”

Emanoel, empresário, convivia em união estável com Renata, que dizia que o amava, e tinham dois filhos: Raquel e Gabriel. Com a crise, Emanoel quebrou, financeiramente. Em poucos dias, Renata abandonou Emanoel e seus filhos, deixando escrito um recado em um pedaço de papel higiênico: “Não casei com homem pobre!”

Os nomes são fictícios, mas as situações descrevem casos reais. Estes e tantos outros casos demonstram a seguinte verdade: O VERDADEIRO AMOR CONTINUA SENDO UMA EXPERIÊNCIA RARA!

Tiago de França


quarta-feira, 15 de junho de 2016

A gravíssima referência a Michel Temer na delação premiada de Sérgio Machado

No acordo de delação premiada que fez com a Justiça, o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, afirmou que o presidente interino Michel Temer negociou com ele o repasse de R$ 1,5 milhão de PROPINA para a campanha eleitoral de Gabriel Chalita (ex-PMDB) à Prefeitura de São Paulo, em 2012.

Esta é uma afirmação que precisa ser verificada por meio de uma investigação rigorosa, pois se ficar provada a alegação, confirma-se a suspeita sobre a participação do interino na corrupção e, sendo assim, não poderá, de modo algum, continuar no exercício da Presidência da República. O Ministério Público Federal precisa investigar, urgentemente. Resta-nos saber se isso vai ocorrer.


Tiago de França

terça-feira, 14 de junho de 2016

Conselho de Ética aprova relatório que pede a cassação de Eduardo Cunha, finalmente!

Finalmente, o Conselho de Ética da Câmara dos deputados APROVOU o relatório que pede a CASSAÇÃO do deputado Eduardo Cunha. Resta-nos esperar se o plenário cassará ou não o mandato desta figura. Demorou, mas o dia chegou. Agora, sim, podemos dizer que a situação está começando a ficar complicada para ele, mas ainda não podemos comemorar, pois sua influência na Câmara é muito forte, considerando que naquela Casa há dezenas de deputados que se identificam com ele porque estão vinculados ao seu modo corrupto de proceder.


Tiago de França

Como identificar a falsa ingenuidade?... Pensamentos (IX)

Nunca se deve considerar que as pessoas são totalmente ingênuas, pois a ingenuidade nunca é plena. Por força das circunstâncias e da satisfação dos próprios interesses, muitas pessoas se fazem de ingênuas. A prudência é a virtude que deve nos nortear no trato com tais pessoas, a fim de que não possamos ser enganados por elas. 

Tiago de França


domingo, 12 de junho de 2016

Ataque em Orlando, EUA: Um atentado contra a diversidade

50 mortos e dezenas de feridos, em mais um ataque nos EUA (em Orlando). Desta vez, em uma boa gay, provavelmente provocado por um homofóbico. Rezemos pelos familiares e amigos das vítimas, e rezemos também por todos aqueles que não aceitam a diversidade e as diferenças que constituem a humanidade.

Tiago de França

sábado, 11 de junho de 2016

Amar para perdoar e ser perdoado

“Por esta razão, eu te declaro: os muitos pecados que ela cometeu estão perdoados porque ela mostrou muito amor” (Lc 7, 47).

Conta o evangelho segundo Lucas (cf. Lc 7, 36 – 8,3), que Jesus foi convidado por um fariseu para uma refeição em sua casa. Sabendo que Jesus lá estava, uma mulher “conhecida na cidade como pecadora”, foi ao seu encontro. Ela trouxe perfume e, enquanto Jesus conversava com o fariseu, ela banhava seus pés com lágrimas, beijando-os e enxugando-os com os cabelos. Jesus classificou esta atitude como uma demonstração de amor, muito amor.

Mas o fariseu que o havia convidado pensava diferente: pensava consigo mesmo: “Se este homem fosse um profeta, saberia que tipo de mulher está tocando nele, pois é uma pecadora”. Vendo que o fariseu julgava a mulher por causa de seu gesto amoroso, Jesus resolveu agir, perdoando os pecados da mulher, após ter elogiado o seu gesto amoroso. Segundo Jesus, a razão para o perdão foi ela ter demonstrado muito amor. Acrescentou, ainda, que a fé da mulher a salvou. Assim, ela recuperou a paz que tanto procurava.

Qual o ensinamento que podemos extrair do gesto amoroso da mulher? Ela nos ensina que o amor é o caminho para o perdão. Para ser perdoada, a pessoa precisa demonstrar muito amor. Ela não teve medo de se aproximar de Jesus, de manifestar-lhe o seu amor. O amor demonstrado por ela constitui o centro da mensagem evangélica. E Jesus faz questão de chamar a atenção para o amor, pois é este que deve ser o centro da vida cristã. O que temos demonstrado em nossas relações interpessoais? O que temos procurado?... Demonstramos amor, ou tratamos o outro com indiferença?...

Qual o ensinamento que podemos extrair da atitude de Jesus diante do gesto amoroso da mulher pecadora? Ele nos ensina a sermos misericordiosos. Ser misericordioso significa ser acolhedor, compreensivo, aberto, sensível, transparente, generoso e humilde. Quem não está disposto a acolher o outro jamais conseguirá ser misericordioso, pois não existe misericórdia fora da acolhida. Quem não se esforça em compreender a realidade do outro também não consegue manifestar misericórdia. O mesmo podemos dizer da sensibilidade, da generosidade e da humildade. Pessoas insensíveis, falsas, mesquinhas e arrogantes somente podem ser indiferentes, afastando-se da misericórdia.

Na Igreja Católica, desde o dia 08 de dezembro de 2015, estamos no Ano da Misericórdia, que se encerrará no dia 20 de novembro deste ano. Na exortação catequética do dia 09 de dezembro de 2015, um dia após a abertura do Jubileu da Misericórdia, eis o que disse o Papa Francisco: “Dirigir o olhar a Deus, Pai misericordioso, e aos irmãos necessitados de misericórdia, significa concentrar a atenção sobre o conteúdo essencial do Evangelho: Jesus, a Misericórdia feita carne, que torna visível aos nossos olhos o grande mistério do Amor trinitário de Deus. Celebrar um Jubileu da Misericórdia equivale a colocar de novo no centro da nossa vida pessoal e das nossas comunidades o específico da fé cristã, isso é, Jesus Cristo, o Deus misericordioso”.

Muito oportuna a expressão “...concentrar a atenção sobre o conteúdo essencial do Evangelho: Jesus, a Misericórdia feita carne”. Isto significa que toda pessoa que deseja seguir Jesus deve ser como ele: encarnar a misericórdia de Deus, manifestando-a através de uma vida profundamente marcada pelos valores do Evangelho. Os cristãos em suas comunidades precisam manifestar esta misericórdia em suas palavras e ações, afetiva e efetivamente. É necessário que se peça sempre a graça de Deus para nos libertamos dos excessos dos discursos e da tentação de vivermos segundo as aparências. Somente Deus, com seu infinito amor, torna-nos capazes do amor.

O Espírito de Deus, quando encontra acolhida em nós, fecunda o nosso ser, transformando-nos interiormente, e afastando-nos da tentação da indiferença. Em um mundo marcado pela mentira e pelas inúmeras formas de violência, todo aquele que acredita em Jesus precisa colocá-lo no centro da vida, pois somente assim podemos, de fato, ser testemunhas da misericórdia de Deus, mulheres e homens acolhedores, cheios de amor, livres do ódio e de tudo aquilo que nos afasta de Deus e do próximo. Que este mesmo Espírito nos liberte de nossa frieza e covardia, encorajando-nos para vivermos amorosamente.


Tiago de França

sexta-feira, 10 de junho de 2016

O tempo passa... Pensamentos (VIII)

Estive pensando no tempo e descobri que o tempo passa. Que novidade há nisso?!... Penso que nenhuma. Mas se a gente parar para pensar direitinho, o tempo da vida é curto demais. Aqui deve ter alguma novidade! O tempo da vida. Qual o tempo da vida? A vida tem tempo?...

Tem gente que vive sem ligar para o tempo, mas também tem gente que liga demais para o tempo e se esquece da vida. Viver sem ligar para o tempo pode ser arriscado. Mas por quê? Porque viver é um negócio complicado.

Tem uma coisa na vida chamada ilusão que acaba com a gente. Acaba porque parece que a ilusão não deixa ninguém viver, apesar de que, às vezes, viver por um momento a ilusão faz bem. E faz bem porque, às vezes, a realidade é ruim e a gente precisa estar iludido por um tempo para suportar a ruindade da vida!

No que se refere à ilusão, é preciso o iludido prestar atenção ao tempo, uma vez que a vida biologicamente é finita. Aí vem o dilema da morte, realidade difícil de aceitar... Deve ser difícil e até intrigante morrer iludido! Morrer pensando que algo ou alguém é, mas na verdade não é. Algo ou alguém é ou não é, mas não pode ser e não ser ao mesmo tempo, já ensinava o filósofo.

Por um lado, é até bom não saber que certas coisas são, pois dependendo do que se trata, o sofrimento torna-se leve. Mas é preciso considerar que há realidades que precisam ser conhecidas e admitidas, para que a ilusão não prevaleça.

E neste dilema, de tempo, vida, ilusão, morte, ser e não ser, o tempo está passando e a vida está aí, impondo-se, sendo consciente ou inconscientemente vivida!... Mas ainda ouso perguntar duas coisas, a você que se ocupou em ler estas linhas embaraçosas de uma mente que se ocupou por um momento em pensar no tempo da vida e na vida do tempo: O que estás fazendo no tempo de tua vida? Tens tido tempo para viver?! Pense enquanto é tempo, pois pensar exige tempo!...

Tiago de França

Texto escrito em 01/07/2009, em Fortaleza - CE.

quinta-feira, 9 de junho de 2016

O espaço da liberdade

“Somos assim: sonhamos o voo, mas tememos a altura. Para voar é preciso ter coragem para enfrentar o terror do vazio. Porque é só no vazio que o voo acontece. O vazio é o espaço da liberdade, a ausência de certezas. Mas é isso o que tememos: o não ter certezas. Por isso trocamos o voo por gaiolas. As gaiolas são o lugar onde as certezas moram”.


Fiódor Dostoiévski 

domingo, 5 de junho de 2016

Onde está o amor?... Pensamentos (VII)

“Onde está o amor?” Esta foi a pergunta que, por e-mail, me chegou logo após a publicação do fragmento “Busque... Pensamentos (VI)”, em meu blogue. Uma jovem atenta, que acompanha minhas publicações, ficou intrigada com o convite: Buscar o amor. Após relatar, brevemente, as suas buscas, perguntou-me sobre onde encontrar o amor. Vou tentar ser breve, argumentando o essencial.

Vamos pensar na parte negativa da realidade, ou seja, onde não encontramos o amor, pois parece ser mais evidente.

O amor não está no dinheiro, poder e prestígio. Estas coisas não são amor nem despertam o amor, mas o destroem. O dinheiro compra muitas coisas, exceto o amor. Há muita gente rica que desconhece o amor e, por isso, é infeliz. Leva uma vida vazia, sem sentido. O mesmo se pode dizer do poder e do prestígio. O amor não suporta o poder e o prestígio, pois é frágil e discreto.

O amor é, humanamente falando, impotente. O poder humano não o procura. Ocorre sempre o oposto: Uma pessoa poderosa costuma ser desprovida de amor. Quem tem poder sobre os outros procura aumentar o seu poder. O amor não está sobre os outros. Não se ama exercendo poder sobre o outro.

Com o prestígio acontece o mesmo: O prestígio faz nascer a vaidade, tornando a pessoa uma criatura que quer sempre aparecer, ofuscando o outro. O prestígio leva à doença do estrelismo. O amor não sobrevive ao estrelismo. Quem muito se dedica a aparecer, não tem tempo para amar.

O amor também não está na dependência do outro. O amor não depende de nada nem de ninguém. Não gera dependência nem vício. Toda espécie de dependência afasta o amor, pois este é sinônimo de liberdade. Liberdade para amar, não liberdade para fazer o que quiser. Ninguém nesse mundo faz o que quer. A vida impõe condições e limites. O amor nos ensina a encontrarmos as brechas entre as condicionantes impostas pela vida.

Há quem esteja esperando o amor no outro. A fila dos que esperam por alguém que lhes faça feliz é enorme. É a fila dos equivocados. É verdade que o outro pode despertar em nós o amor, como também pode despertar outros sentimentos pouco nobres. Isso prova que o amor está em nós. O outro somente desperta-o. Procurá-lo fora de nós mesmos é um equívoco gravíssimo. A maioria das pessoas que habitam esse homem procura o amor fora de si mesmas, e não o encontram.

Algumas encontraram as riquezas e pensam que encontraram o amor porque vivem confortavelmente. O amor não é sinônimo de conforto. Outras adquiriram poder e prestígio e pensam que são amorosas porque podem tudo e são reconhecidas. Isso se chama autossuficiência e egocentrismo. O amor não tem nada a ver com isso.

Portanto, estas pessoas vivem uma vida ilusória. Somente o amor liberta da ilusão. Quanto mais famosa e poderosa for uma pessoa, mais iludida ela é. Isto ocorre porque a pessoa passa a se confundir com o poder, com o prestígio e com a riqueza que possui. Em pouco tempo, ela já não sabe mais quem ela é.

Esperar que o outro me dê amor: Eis um erro que milhões de pessoas cometem na vida. Às vezes, o outro não aparece. Quando isto ocorre, a pessoa morre sem ter descoberto e experimentado o amor. Às vezes, o outro aparece. Quando aparece, ocorre de duas, uma: Ou assume o fardo de ter que fazer o outro feliz, o que é impossível, pois nenhum ser humano deve assumir tal responsabilidade; ou tenta, numa relação a dois satisfazer o próprio egoísmo.

Quando uma pessoa promete fazer a outra feliz, ocorrem algumas coisas. O outro, destinatário da promessa, encontra uma falsa segurança nesta promessa e confia que ela poderá se cumprir. Quando o relacionamento termina, e agora, José? O resultado é a frustração recíproca, sofrimento. Como estamos na “pós-modernidade líquida” (expressão de Z. Bauman), então o número dos frustrados só aumenta.

Isso decorre de um cansaço estarrecedor por parte dos envolvidos na relação. Quem prometeu felicidade começa a perceber que não consegue cumprir com o que foi prometido. Muitas vezes, descobre a verdadeira face do outro, e desiste. Pode também descobrir-se limitado em seu propósito. Descobre que a felicidade plena neste mundo não existe.

Há, ainda, aqueles que descobrem que não descobriram em si mesmos o amor. Como dar ao outro aquilo que ainda não descobriu em si mesmo?... A maioria recorre para os bens materiais: Não ama o outro, mas lhe oferece coisas, numa tentativa desesperada de levá-lo a enxergar o amor no oferecimento destas coisas: joias, carros, casas, viagens, roupas, calçados, bolsas, enfim, uma vida razoavelmente confortável. Se o outro for materialista, certamente vai se sentir “amado” (a); do contrário, logo vai perceber que está sendo enganado (a).

Poderíamos elencar tantas outras situações para provar aquilo que nos parece óbvio: O amor está em nós, no mais profundo do nosso ser. Portanto, é preciso procurá-lo, com humildade, mansidão, disposição e verdade.

No silêncio, mergulhando no mais profundo do nosso ser, encontramos o amor. Ele está lá, desde sempre, pois constitui a nossa essência. Não há ser humano desprovido de amor. Por pior que seja, toda pessoa tem em si este dom precioso. Os que se enveredam pelo caminho do mal o fazem porque ainda não descobriram o amor em si mesmos.

Quando descobrimos o amor não conseguimos resistir: Ele passa a ser a palavra de ordem da nossa vida, nossa bússola. Somente o amor nos liberta do egoísmo, do isolamento, da indiferença, da indisposição, do fechamento, da rispidez, do comodismo, da inveja, do ódio, da mágoa e do ressentimento, do desassossego, do tédio, da malícia, da covardia, do desespero, da angústia, do medo, da preguiça, enfim, de todas as nossas tendências à prática do mal. Não há outro caminho para a felicidade fora do amor.

Por fim, vale a pena salientar o maior mandamento ensinado por Jesus, que confirma nossas reflexões: Amar o próximo como a si mesmo. Como amar o outro sem amar a si mesmo? Eis o problema de muitas pessoas. Quem não consegue amar o outro é porque não ama a si mesmo. Esta é a verdade que muita gente procura esconder. Ninguém consegue esconder isso.

Claramente se vê que o problema está na pessoa, e não no outro. Infelizmente, o que ocorre é que sempre procuramos culpar o outro pela nossa falta de amor, mas a falta de amor está em nós. Se falta o amor no outro, este é um problema que ele também deve procurar resolver. Para amar a si mesmo é necessário aceitar-se do que jeito que se é. Sem autoaceitação não é possível amar a si mesmo.

O mundo atual clama por pessoas amorosas: Pessoas que encontraram o amor em si mesmas e se amam. E porque se amam estão abertas para amar o outro. Esta abertura para amar o outro é um dos sinais de que a pessoa se encontrou no amor.

Outro sinal é a serenidade e a paz. Uma pessoa amorosa é sempre serena e pacífica. Ela não se importa com a opinião negativa do outro. À opinião negativa do outro sempre responde com um sorriso.

A alegria é outra qualidade das pessoas amorosas, mas não qualquer alegria, mas a alegria que vem de dentro, que brota da alma e do coração. Esta, sim, é verdadeira. A falsa alegria serve somente para dissimular. O mundo está cheio de pessoas com falsos sorriso; sorrisos que servem para esconder a infelicidade da vida que levam.

Somos amor, somos felicidade. Descobrir-se enquanto amor e felicidade é um longo caminho; caminho de autoconhecimento, que exige muita humildade de coração. A arrogância impede as pessoas de trilhar o caminho do autoconhecimento porque a pessoa arrogante não enxerga o caminho. Ela pensa que já sabe tudo, que se conhece, que é perfeita.

O arrogante sempre acha que o outro precisa melhorar para satisfazer aos seus caprichos. Inarredável, o arrogante costuma ser egoísta. O seu ‘eu’ substitui o amor, tornando-o cego, ignorante e insuportável, um cadáver ambulante, que não atrai a simpatia de praticamente ninguém, exceto os que lhe são semelhantes.

Sejamos, pois, amor, e que a ternura do amor nos liberte para a vida que é, em nós, essencialmente, eterna e feliz.


Tiago de França

Busque... Pensamentos (VI)

“Busque enquanto é tempo de buscar/ Enquanto o sol ainda nasce/ Enquanto há por onde andar/ Enquanto a música ainda toca” (Lorena Chaves, música: Portão azul).

Noite silenciosa, frio. Vinho e papeis sobre a mesa. Cheiro de paz. Sem medo e sem lembrança. Inevitável.

Buscar... enquanto o sol ainda nasce... enquanto há por onde andar... enquanto a música ainda toca... Buscar o quê?...

Abrir o portão para entrar a beleza, a leveza, o frescor. O frio lembra que há sangue quente correndo nas veias. A vida e o amor são inevitáveis.

Amor... que não perturba, que não cobra nada... que tem cheiro de paz... que tudo sacia, que tudo acalma, que tudo alcança...

Ainda temos tempo, estamos vivos. Amanhã o sol vai nascer, isto é certo. Sempre há por onde andar, mesmo diante dos abismos. A música insiste em tocar... as cordas vibram, francamente... mesmo que fracamente...

Busquemos o amor, para sairmos vivos do caos provocado pela estupidez dos que se fecham a ele.

Busquemos, enquanto há tempo... Não temos raízes aqui... Somos eternos...

Passamos. 

Tiago de França

quinta-feira, 2 de junho de 2016

O escândalo do reajuste salarial do funcionalismo público federal

Na calada da noite, a Câmara dos Deputados aprovou reajustes salariais do funcionalismo público federal. O reajuste do Judiciário é o mais escandaloso: 41, 47%. Isto significa que um ministro do Supremo Tribunal Federal vai ter um salário de R$ 39.293,38, ou seja, mais de 44 salários mínimos!

Em quatro anos, o impacto é de mais de 50 BILHÕES de reais. Onde ficou a política de contenção de gastos do governo?... Como pode um juiz receber mais de 44 salários mínimos, além das regalias e privilégios da função (sem contar o dinheiro que recebe na corrupção, em muitos casos!)?...

E por que a elite branca não protesta? Porque a maioria de seus membros está no funcionalismo público federal. Curiosamente, esta mesma elite é contrária a programas sociais como o Bolsa Família e outros benefícios para os pobres.

No que se refere ao Judiciário, agora é que vai aumentar o número daqueles que irão fazer concurso pensando somente na estabilidade financeira e nos privilégios (carreirismo), sem nenhuma preocupação com a justiça. E os mais pobres são os pagadores desta conta. São os que devem trabalhar para manter os privilégios da elite. Vivemos tempos sombrios.


Tiago de França