domingo, 16 de outubro de 2016

O poder de nossas escolhas. Pensamentos (XXIV)

Quando fazemos uma escolha somos obrigados a abrir mão de outras oportunidades. Toda escolha gera certa angústia porque não podemos escolher tudo, mas somente uma coisa de cada vez.

Qual a escolha certa? De antemão, algumas escolhas se mostram incertas. Somente com o passar do tempo descobrimos a verdade daquilo que escolhemos. Neste sentido, toda escolha tem um lado imprevisível.

Há outro aspecto da escolha que nos deixa mais angustiados ainda: trata-se daquilo que deixamos de lado, que não optamos. Muitas vezes, o que deixamos de lado já não se encontra ao nosso alcance quando nos arrependemos da escolha feita e voltamos atrás, procurando pelas outras alternativas.

Estes dois lados desta moeda chamada escolha falam de um terceiro aspecto importante: suas consequências. As boas escolhas geram bons frutos; as ruins geram maus frutos. Isto é inevitável. Às vezes, somente o passar do tempo revela a qualidade de nossas escolhas. Em alguns casos demora; noutros a qualidade logo se manifesta.

A vida é feita de escolhas. Quando alguém escolhe ser médico é porque descobriu a sua vocação. Este é o ideal. Não adianta o médico querer ser, ao mesmo tempo, advogado, psicólogo, prefeito, padre e torneiro mecânico. Ninguém abarca tudo de uma vez. Temos que escolher.

E é assim em todos os âmbitos da vida. Para finalizar, falemos de uma escolha que, sem dúvida alguma, é a mais acertada para todos os seres humanos: optar pelo amor. Em primeiro lugar, amor a si mesmo. Quem não se ama, não consegue amar ninguém. Não se dá aquilo que não se tem. Amar o próximo como a si mesmo: isso se chama caridade (em grego, ágape).

Por fim, não estando disposto a viver o celibato (livremente, vida de solteiro, na castidade por amor ao Reino de Deus), podemos escolher, em meio a milhões de pessoas, uma para dedicá-la o nosso amor. E uma vez escolhida a pessoa, a felicidade está em amá-la incondicionalmente, ou seja, crendo que o amor, somente o amor, é capaz de superar os limites impostos pela condição humana, demasiadamente frágil e finita.

Tiago de França

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