sábado, 29 de março de 2008

II Domingo da Páscoa (breve reflexão)


O Segundo domingo do Tempo Pascal é o Domingo da Divina Misericórdia. A Igreja celebra junto ao povo de Deus a manifestação do amor do Senhor que se manifesta por meio do perdão, da reconciliação. Enviando Jesus ao mundo, Deus salva a humanidade de seus pecados, pois o sangue de Jesus foi derramado para o perdão dos pecados. Nas palavras de consagração da Missa, a fórmula repete esta verdade: "...que será derramdo por vós e por todos para a remissão dos pecados..." O sangue de Jesus foi derramado por todos para a remissão de todos. Isto significa que todos os homens e mulheres foram perdoados em Cristo Jesus.
A Liturgia da Palavra deste domingo é rica em significado. O Texto da 1ª leitura nos exorta para a comunhão fraterna e para a partilha do pão. Trata-se de um retrato da Comunidade Primitiva, dos primeiros cristãos. Ele tinham tudo em comum. O texto, logo no seu início, frisa quatro aspectos importantes:
- eram perseverantes em ouvir o ensinamento dos Apóstolos;
- viviam a comunhão fraterna (unidade na diversidade);
- dividiam o pão entre si (partilha) e
- oravam ao Senhor em comunidade.
O texto frisa ainda o santo temor de Deus que tomava o ser e os corações dos primeiros cristãos, graças aos grandes prodígios que Deus realizava por meio dos Apóstolos. A unidade ao abraçar a fé fazia parte da vida da comunidade dos primeiros cristãos. Vivivam na alegria e na simplicidade. Este é o exemplo da verdadeira Igreja que Jesus pediu para Pedro e os seus fundar neste mundo. As palavras chave da Igreja de Jesus são: perseverança no ouvir, unidade e fraternidade, partilha dos bens e oração comunitária.
Neste Segundo Domingo o texto do Evangelho relata a aparição de Jesus aos discípulos. As primeiras palavras de Jesus foram: "A paz esteja convosco" (Jo 20,19). Sabendo Jesus que iria encontrar os seus em estado de medo pelo que tinha acontecido, desejou a paz a todos, tranquilizando-os. Soprou sobre eles o Espírito Santo, sopro de suas entranhas. Temos Tomé, um dos doze, que só acreditou porque viu. Mas, ao ver acreditou e se alegrou. Os discípulos ficaram alegres quando viram o Jesus. A presença de Jesus trouxe alegria para o grupo apostólico. O autor sagrado termina seu texto afirmando que crer em Jesus como Filho de Deus é possuir a vida. Algumas indagações nos ajudam a reconhecer Jesus em nossos dias: quem são os discípulos de Jesus hoje? De que forma Jesus aparece no cotidiano de nossas vidas? Os discípulos de hoje sentem medo de quê? Quem são os Tomés em nossos dias?
Roguemos, pois, à Divina Misericórdia que nos acolha e nos fortaleça e que Jesus nos dê olhos para que possamos vê-lo em nossos irmãos e irmãs injustiçados de nossa sociedade.

Nenhum comentário: