sábado, 19 de julho de 2008

Buscar o Reino de Deus e sua justiça


O texto do Evangelho de hoje (Mt 13, 24 - 33) apresenta Jesus contando três parábolas. Estas eram usadas por Jesus para mostrar ao povo o caminho que leva ao Pai. Jesus foi muito inteligente ao utilizar recursos simples nas parábolas contadas. A questão central do Evangelho deste domingo é: o que é o Reino de Deus? Jesus tenta, por meio de parábolas, mostrar o sentido e significado do Reino de Deus. Até os dias de hoje as pessoas não entendem sobre o que vem a ser o Reino de Deus. Jesus compara o Reino de Deus a três situações:
1 - a um homem que semeia boa semente no seu campo, mas que depois aparece também o joio;
2 - a uma semente de mostarda que um homem pega e semeia num campo e
3 - a uma porção de feremento misturada a três porções de farinha.
O texto finaliza com Jesus explicando a primeira parábola a seus discípulos. Não irei me deter a explicar ou repetir a explicação de Jesus. Tudo está bem claro no texto. É preciso insistir no verdadeiro sentido do Reino de Deus. Quando rezamos a oração do 'Pai nosso" dizemos:"...venha a nós o vosso reino..." Esta verdade ensinada por Jesus já diz muita coisa. O Reino de Deus vem a nós. Em outras palavras, nós não vamos ao Reino de Deus. O sentido do ser cristão está no fato de que todo batizado, toda pessoa que professa a fé em Jesus, o Filho de Deus, está convidado a trabalhar na construção do Reino de Deus. Quem se nega a participar desta construção não pode afirmar ser cristão, logo não pode afirmar-se seguidor de Jesus. Jesus inauguou nesta terra o Reino de Deus. Crer em Jesus significa aderir ao seu projeto. Quando estava neste mundo, fisicamente falando, Jesus obedeceu a vontade de Deus. E a vontade de Deus era a inauguração do Reino de Deus. E como é este Reino? São várias as passagens na Bíblia que podem responder a esta pergunta. Mas podemos responder sinteticamente: O REINO DE DEUS É UM REINO DE AMOR. E este Reino de Amor é marcado pela JUSTIÇA E PELA PAZ. No Reino de Deus justiça e paz se abraçarão (Isaías 32, 17). O nosso mundo atual é um mundo de injustiças. E se não há justiça não pode haver paz. Cada ser humano, independentemente de religião e nacionalidade é chamado a ser construtor da justiça e da paz. A paz e a justiça formam um valor universal. O ser humano só consegue viver bem se houver justiça e paz no mundo. Todo e qualquer gesto coletivo pode influenciar para a construção e destruição da paz mundial. Governantes e governados são responsáveis pelo que está acontecendo no mundo! Deus não vai descer do céu para impor sobre nós a justiça e a paz, pois a construção de um mundo mais humano e fraterno é de nossa responsabilidade. Deus se faz presente, mas não é ele o construtor. Ele é o dono da obra, mas desde os primórdios demonstrou que não gosta de trabalhar sozinho.

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