sábado, 16 de agosto de 2008

Assunção da Virgem Maria


Desde os primórdios do Cristianismo, a Virgem Maria é venerada na Igreja Católica. Esta veneração decorre do valor da Virgem Maria, como a Mãe do Filho de Deus. Sendo Jesus consubstancial ao Pai, ou seja, tendo a mesma natureza de Deus, então afirma-se que Jesus é Deus, e sendo ele Deus, Maria foi proclamada Mãe de Deus. No que se refere à Assunção (elevação) de Maria ao céu, inicialmente era celebrada a Dormição da Virgem Maria. No século VII, o Imperador bizantino Maurício oficializou esta festa para os cristãos do oriente. No mesmo século, o Papa Sérgio I também introduziu esta festa em Roma, mas somente após um século, o termo "dormição" foi substituído por "assunção". Definitivamente, no dia 1º de novembro de 1950, o Papa Pio II proclamou o dogma da Assunção (subida de corpo e alma ao céu) da Virgem Maria, Mãe de Deus e da Igreja, por meio da Constituição Munificentissimus Deus. Assim determina o Papa Pio XII no número 44 da citada Constituição: "Pelo que, depois de termos dirigido a Deus repetidas súplicas, e de termos invocado a paz do Espírito de verdade, para glória de Deus onipotente que à virgem Maria concedeu a sua especial benevolência, para honra do seu Filho, Rei imortal dos séculos e triunfador do pecado e da morte, para aumento da glória da sua augusta mãe, e para gozo e júbilo de toda a Igreja, com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados apóstolos s. Pedro e s. Paulo e com a nossa, pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que: a imaculada Mãe de Deus, a sempre virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celestial".
O texto bíblico escolhido para esta Solenidade foi o de Lc 1, 39 - 56. Trata-se do encontro da Virgem Maria com sua prima Isabel, seguido do Magnificat (Cântico de Maria). O evangelista Lucas coloca na boca de Maria é um hinos mais lindos da Escritura Sagrada. Além da beleza das palavras dirigidas ao Criador, o conteúdo do Cântico de Maria é de um teor profético muito forte. A Virgem entoa as maravilhas de Deus manifestadas a seu povo. O Cântico é uma manifestação alegre e inspirada demonstrando a gratidão da Virgem a Deus pelos seus feitos no meio do povo de Israel. Este Cântico revela ainda uma verdade imprescindível para a fé cristã: DEUS NÃO ABANDONOU O SEU POVO. Em sua oração ferverosa a Deus, Judite afirma categoricamente: "Louvai ao Senhor nosso Deus, que não abandonou os que puseram nele a sua esperança" (Jt 13,17). A Virgem Maria eleva a Deus um louvor pelos benefícios de Deus em favor dos pobres da Casa de Israel. Esta Solenidade convida-nos a imitarmos a Virgem Maria: mulher humilde e servidora. A Virgem Maria era uma mulher humilde. A humildade é a maior virtude que um ser humano pode ter. Depois da graça de Deus, a humilde supera todas as coisas. A pessoa humilde chega facilmente ao coração de Deus. A pessoa humilde é superior a todos, justamente porque em nada é superior a ninguém. A outra virtude da Virgem Maria era o serviço fraterno. O fato de Maria ter ido até sua prima Isabel, demonstra a sensibilidade de uma mulher que vai ao encontro das fraglidades e necessidades dos outros. Ser sensível, ter compaixão e agir com o coração aberto de quem ama, essa foi a virtude da Virgem Santíssima. Roguemos, pois, a Deus nosso Pai amoroso, que nos encha de seu amor e nos ensine a amar gratuitamente nosso semelhante. Os pobres da Virgem Maria precisam do serviço de seus devotos e devotas. Não podemos venerar a Virgem Maria somente através da reza do Rosário. Este é necessário, mas só tem sentido se for acompanhado com a caridade praticada por aquela que foi, é e continuará sendo a Mãe de Deus, Mãe da Igreja e nossa Mãe.
Nossa Senhora da Assunção,
rogai por nós!

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