terça-feira, 28 de abril de 2009

Jesus é o pão da vida


"Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede"(Jo 6,35). Estas foram palavras de Jesus dirigidas a uma multidão de pessoas. Antes de ser morto, Jesus partilha o pão com seus discípulos. Depois da Ressurreição, Jesus também partilha o pão com os discípulos para que eles o reconheçam. A partilha do pão era um sinal de reconhecimento da pessoa de Jesus, ou seja, no partir do pão, os discípulos o reconhecem.

Partilhar o pão é participar da vida do outro. Quando sentamos à mesa com alguém e tomamos a refeição, ocorre o encontro e a partilha da vida. Por isso, a Celebração Eucarística é muito significativa para nós, porque nela, reconhecemos Jesus. Reconhecer a presença de Jesus na partilha de seu Corpo e de seu Sangue é participar da vida dos membros da comunidade. Quando nos recusamos em participar da vida do outro, de suas dores e alegrias, então não estamos reconhecendo Jesus no pão.

A nossa participação na Eucaristia se faz na nossa participação na vida do mundo. Nós não recebemos o Pão da vida para nos isolarmos do mundo e nos afastarmos das pessoas. Quem assim agir, estará contradizendo ou tirando o sentido da Eucaristia. Há um hino que diz: "Vamos comungar, vamos comungar; comungar na Igreja e na vida do irmão". Comungar na Igreja é comungar no povo e para o povo, ou seja, a Igreja é o Povo de Deus. Quando comungamos na Igreja, comingamos na vida do Povo de Deus.

A Eucaristia é Jesus. A missão de Jesus não estava em função dele mesmo. Ele veio para este mundo para a nossa salvação. Receber Jesus é recebê-lo para a salvação do mundo. Nossa participação eucarística é a manifestação de que somos continuadores da mensagem de Jesus, que é o amor gratuito. Por isso, Eucaristia é sinal de compromisso. Compromisso porque comungar é participar da vida de Deus e o desejo de Deus é a vida de seu povo. A Eucaristia é fonte de vida, quem a recebe está intimamente ligado ao compromisso com a vida. Quem receber a Eucaristia e se recusar ao compromisso evangélico do amor, estará recebendo indignamente o Corpo do Senhor.

Tiago de França

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