segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A liberdade e o amor


Religião:
Conjunto de normas, regras, disciplinas, ritos
Ministros e ministérios
Re-ligare.

Às vezes,
Este conjunto, estes ministros, esta re-ligação
Não acontece.
Frustração.

Há um disse e um desdisse,
Existe confusão.
Há pretensões, verdades malditas
Se-pa-ra-ção.

O caminho do amor
Transformou-se em trilha perigosa do desamor...
O que devia ser caminho de liberdade
Transformou-se em descaminho alienante de infelicidade...

Amor que gera liberdade
Liberdade que gera amor:
Eis a verdade que liberta.
Solidariedade.

Desesperado, o homem grita
Re-clama,
Implora,
Chora.

Por que tal desespero?
Será loucura, insensatez?
Não.
É vontade de viver!

Viver.
A conjugação concreta deste verbo-realidade
Depende, exclusiva e fundamentalmente,
Do amor e da liberdade.

Não há inteligência nem ideologia
Não há crença nem descrença,
Não há sistema nem anarquia,
Que impeça a manifestação da liberdade e do amor.

Ó Amor:
Devolve-me o sentido das coisas,
A sensatez da consciência
A arte da descrença daquilo que destrói.

Ó Liberdade:
Assegura-me o pensar e o discernir,
Liberta-me para o amor
Livra-me da alienação.

Assim,
Somente e, sobretudo,
Fundamentalmente,
Libertar-me-ei no amor para a liberdade do amor,
Re-la-ção.


Tiago de França

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