sexta-feira, 24 de outubro de 2014

A mudança desejada por Aécio Neves do PSDB

             
               Na vida, a gente passa por mudanças. Há quem mude para melhor, há quem mude para pior. Isoladamente, a palavra mudança não significa praticamente nada. Toda mudança é orientada pelas condições de possibilidades. Se estas inexistem, todo desejo de mudança é frustrado. A experiência pessoal, institucional e social mostra com clareza que a mudança é não somente necessária, mas possível.

Para ajudar no discernimento rumo à mudança, quatro perguntas são necessárias, a saber: 1) O que mudar? 2) Quando mudar? 3) Quem vai mudar? Como vai mudar? Nos planos político e social, a mudança precisa ser efetiva, atingindo o objetivo assegurado na Constituição Federal: o de construir um país mais justo e fraterno para TODOS.

            Quando fala em mudança, Aécio Neves não responde a nenhuma destas imprescindíveis perguntas que explicitam o que entende por mudança. Na verdade, é até compreensível o seu proceder porque a revelação do que realmente deseja causaria a sua total reprovação junto ao povo brasileiro.  

Neste sentido, seus gestos e palavras, assim como sua propaganda eleitoral precisam, eficientemente, camuflar a realidade, induzindo o povo a pensar que ele representa um projeto de libertação nacional. O eleitor atento à realidade e à história logo percebe que não se trata de mudança para melhor, mas de mudança para pior, na direção de um passado terrível, que não faz falta a ninguém. Só acredita em Aécio Neves que não tem a mínima noção da história recente do país.

            Quem pretende mudar tudo da noite para o dia sabe muito bem que está tentando enganar a si mesmo e aos outros. Tentativa irrealizável, pois a mudança é progressiva, é processual, acontece a partir das condições de possibilidade e dentro de determinado contexto histórico.

Na mudança pra pior há um corte violento na direção do retrocesso. Como o retrocesso se refere a uma situação anterior, que se encontra no passado, quem o defende costuma fugir de uma análise apurada do passado. Isto explica o fato de o Aécio Neves somente se dirigir ao passado quando este lhe convém. O passado do seu partido é comprometido com as forças que atrasaram o Brasil durante muito tempo. Anunciar uma mudança repentina é uma das estratégias do candidato tucano para enganar seus interlocutores.

            A leitura da nossa jovem história democrática nos fala de mudanças. Com a chegada do nordestino Luís Inácio Lula da Silva à presidência da República, um novo tempo se iniciou no Brasil. Pela primeira vez na história, um homem de origem humilde, nascido na pobreza do nordeste, é eleito para o maior cargo do poder executivo. Em si mesmo, o fato é historicamente extraordinário. Basta conhecer as biografias de seus predecessores para confirmar o que estamos afirmando. 

Este mesmo nordestino fez chegar, ao mesmo posto, pela primeira vez na história, uma mulher vítima da ditadura militar: Dilma Vana Rousseff. Somando os doze anos de governo, o saldo é historicamente positivo para todo o povo brasileiro. Este saldo positivo nos garante o que desejamos afirmar, categoricamente: Foi com a chegada de Lula ao poder que o Brasil iniciou um histórico processo de mudança.

            De quais ganhos a favor do povo brasileiro estamos falando? A lista é grande, mas alguns nos chamam mais a atenção pela sua grandeza e significado. Segundo as fontes oficiais*, os governos de Lula e Dilma conseguiram, dentre outras coisas: tiraram o Brasil do mapa da fome, segundo a ONU; tiraram 42 milhões de pessoas da miséria; promoveram 38 milhões de pessoas à nova classe média (classe C); retiraram 22 milhões de pessoas da extrema pobreza; ofertaram, somente no Prouni, 1,2 milhões de bolsas de estudos; libertaram o Brasil das garras do FMI; criaram 18 universidades federais, 214 escolas técnicas e 6.427 creches; reduziram, drasticamente, as desigualdades social e regional; criaram 1, 79 milhões de empregos por ano.  

Muitos outros benefícios poderiam ser citados, mas mencionamos estes para pensarmos as seguintes perguntas:

1 – Todos estes benefícios históricos representam ou não a mudança de que o Brasil estava precisando?...

2 – Considerando o histórico dos mandatos de FHC, será que os tucanos seriam capazes e/ou teriam vontade política para promover a mudança que está acontecendo no Brasil?...

3 – Analisando as pseudopropostas de Aécio Neves, com seu estilo psdebista de governar, voltado para as classes privilegiadas, será que ele realmente deseja, pelo menos, ser um continuador desta mudança?...

4 – Se os indicadores sociais e a realidade dos mais pobres tem melhorado, progressivamente, faz sentido entregar a direção do país a um candidato que sequer conseguiu promover a mudança em seu estado de origem (Minas Gerais)?...  

Convido o leitor a pensar, com sinceridade, honestidade e verdade, respostas plausíveis para estas perguntas.

A sorte está lançada e o destino do país está em jogo. Caso a maioria do povo escolha pela reeleição de Dilma Rousseff, acredito que continuaremos remando este barco gigante, que é o Brasil, na direção de dias melhores, na construção permanente de um país cada vez melhor para se viver.

Caso ocorra o contrário, peço a atenção do leitor para o que aqui fazemos questão de registrar: infelizmente, na gestão tucana, o Brasil voltará ao vale de lágrimas de onde, a duras penas, saiu. E como sempre, os mais pobres do povo serão os que irão sofrer mais. A recessão econômica, provocada pela incompetência e pela falta de compromisso com o bem comum, levará o Brasil a ter os índices que sempre o envergonharam perante o mundo.

A reeleição de Dilma Rousseff será um basta na mentira e no ódio, um NÃO ao retrocesso e a uma política que não considera a vida dos mais pobres do povo brasileiro.

NÃO TROQUE O CERTO PELO DUVIDOSO. VOTE DILMA DE NOVO!



Tiago de França

*Fontes consultadas:

OMS, Unicef, MEC, IBGE, Banco Mundial

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