Na vida, a gente passa
por mudanças. Há quem mude para melhor, há quem mude para pior. Isoladamente, a
palavra mudança não significa praticamente nada. Toda mudança é orientada pelas
condições de possibilidades. Se estas inexistem, todo desejo de mudança é
frustrado. A experiência pessoal, institucional e social mostra com clareza que
a mudança é não somente necessária, mas possível.
Para
ajudar no discernimento rumo à mudança, quatro perguntas são necessárias, a
saber: 1) O que mudar? 2) Quando mudar? 3) Quem vai mudar? Como vai mudar? Nos
planos político e social, a mudança precisa ser efetiva, atingindo o objetivo
assegurado na Constituição Federal: o de construir um país mais justo e
fraterno para TODOS.
Quando fala em mudança, Aécio Neves não responde a
nenhuma destas imprescindíveis perguntas que explicitam o que entende por
mudança. Na verdade, é até compreensível o seu proceder porque a revelação do
que realmente deseja causaria a sua total reprovação junto ao povo brasileiro.
Neste
sentido, seus gestos e palavras, assim como sua propaganda eleitoral precisam,
eficientemente, camuflar a realidade, induzindo o povo a pensar que ele
representa um projeto de libertação nacional. O eleitor atento à realidade e à
história logo percebe que não se trata de mudança para melhor, mas de mudança
para pior, na direção de um passado terrível, que não faz falta a ninguém. Só
acredita em Aécio Neves que não tem a mínima noção da história recente do país.
Quem pretende mudar tudo da noite para o dia sabe muito
bem que está tentando enganar a si mesmo e aos outros. Tentativa irrealizável,
pois a mudança é progressiva, é processual, acontece a partir das condições de
possibilidade e dentro de determinado contexto histórico.
Na
mudança pra pior há um corte violento na direção do retrocesso. Como o
retrocesso se refere a uma situação anterior, que se encontra no passado, quem
o defende costuma fugir de uma análise apurada do passado. Isto explica o fato
de o Aécio Neves somente se dirigir ao passado quando este lhe convém. O
passado do seu partido é comprometido com as forças que atrasaram o Brasil
durante muito tempo. Anunciar uma mudança repentina é uma das estratégias do
candidato tucano para enganar seus interlocutores.
A leitura da nossa jovem história democrática nos fala de
mudanças. Com a chegada do nordestino Luís Inácio Lula da Silva à presidência
da República, um novo tempo se iniciou no Brasil. Pela primeira vez na
história, um homem de origem humilde, nascido na pobreza do nordeste, é eleito
para o maior cargo do poder executivo. Em si mesmo, o fato é historicamente
extraordinário. Basta conhecer as biografias de seus predecessores para
confirmar o que estamos afirmando.
Este
mesmo nordestino fez chegar, ao mesmo posto, pela primeira vez na história, uma
mulher vítima da ditadura militar: Dilma Vana Rousseff. Somando os doze anos de
governo, o saldo é historicamente positivo para todo o povo brasileiro. Este
saldo positivo nos garante o que desejamos afirmar, categoricamente: Foi com a
chegada de Lula ao poder que o Brasil iniciou um histórico processo de mudança.
De quais ganhos a favor do povo brasileiro estamos
falando? A lista é grande, mas alguns nos chamam mais a atenção pela sua
grandeza e significado. Segundo as fontes oficiais*, os governos de Lula e
Dilma conseguiram, dentre outras coisas: tiraram o Brasil do mapa da fome,
segundo a ONU; tiraram 42 milhões de pessoas da miséria; promoveram 38 milhões
de pessoas à nova classe média (classe C); retiraram 22 milhões de pessoas da
extrema pobreza; ofertaram, somente no Prouni, 1,2 milhões de bolsas de
estudos; libertaram o Brasil das garras do FMI; criaram 18 universidades
federais, 214 escolas técnicas e 6.427 creches; reduziram, drasticamente, as
desigualdades social e regional; criaram 1, 79 milhões de empregos por ano.
Muitos
outros benefícios poderiam ser citados, mas mencionamos estes para pensarmos as
seguintes perguntas:
1 – Todos estes
benefícios históricos representam ou não a mudança de que o Brasil estava
precisando?...
2 – Considerando o
histórico dos mandatos de FHC, será que os tucanos seriam capazes e/ou teriam
vontade política para promover a mudança que está acontecendo no Brasil?...
3 – Analisando as
pseudopropostas de Aécio Neves, com seu estilo psdebista de governar, voltado
para as classes privilegiadas, será que ele realmente deseja, pelo menos, ser
um continuador desta mudança?...
4 – Se os indicadores
sociais e a realidade dos mais pobres tem melhorado, progressivamente, faz
sentido entregar a direção do país a um candidato que sequer conseguiu promover
a mudança em seu estado de origem (Minas Gerais)?...
Convido
o leitor a pensar, com sinceridade, honestidade e verdade, respostas plausíveis
para estas perguntas.
A
sorte está lançada e o destino do país está em jogo. Caso a maioria do povo
escolha pela reeleição de Dilma Rousseff, acredito que continuaremos remando
este barco gigante, que é o Brasil, na direção de dias melhores, na construção
permanente de um país cada vez melhor para se viver.
Caso
ocorra o contrário, peço a atenção do leitor para o que aqui fazemos questão de
registrar: infelizmente, na gestão tucana, o Brasil voltará ao vale de lágrimas
de onde, a duras penas, saiu. E como sempre, os mais pobres do povo serão os
que irão sofrer mais. A recessão econômica, provocada pela incompetência e pela
falta de compromisso com o bem comum, levará o Brasil a ter os índices que
sempre o envergonharam perante o mundo.
A
reeleição de Dilma Rousseff será um basta na mentira e no ódio, um NÃO ao
retrocesso e a uma política que não considera a vida dos mais pobres do povo
brasileiro.
NÃO
TROQUE O CERTO PELO DUVIDOSO. VOTE DILMA DE NOVO!
Tiago de França
*Fontes
consultadas:
OMS,
Unicef, MEC, IBGE, Banco Mundial
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