sexta-feira, 15 de março de 2019

Francisco e o ideal da Igreja em saída


“Prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças. Não quero uma Igreja preocupada com ser o centro, e que acaba presa em um emaranhado de obsessões e procedimentos” (Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, n. 49).

            Evangélico e belo é o ideal da Igreja em saída, reforçado pelo Papa Francisco. Nestes dias, os católicos e muitos não católicos celebram os seis anos de seu pontificado. Também queremos oferecer algumas provocações sobre a contribuição do Papa Francisco à Igreja, com ênfase no tema da Igreja em saída, que parece ser o centro de sua eclesiologia, ou seja, da sua maneira de enxergar e conceber a Igreja e sua missão no mundo. Trata-se de um comentário breve ao número 49 da Evangelium Gaudium.

1. Uma Igreja enferma

            O Papa diz que enferma é a Igreja que se fecha em si mesma e se entrega às comodidades, agarrando-se às próprias seguranças. Quem conhece a história da Igreja, especialmente o período que vai do momento em que o cristianismo se tornou a religião oficial do império romano até o concílio Vaticano II, sabe que estas duas tentações sempre a perseguiram. Infelizmente, a Igreja caiu nestas duas tentações, dentre outras: fechamento e apego às próprias seguranças.

            O fechamento levou a Igreja a isolar-se do mundo. Ela se compreendia como uma sociedade perfeita. A hierarquia eclesiástica, separada dos leigos, vivia isolada do mundo. O clérigo era um ser separado, um privilegiado, alguém chamado à santidade. O ideal da santidade não contemplava a vida no mundo, mas se encerrava numa vida ascética, entregue à oração, aos estudos e à contemplação isolada nos claustros e residências religiosas. O sacerdote não era visto como um homem, mas uma espécie de entidade pura, vestida de preto (diocesanos) e outras cores (hábitos dos religiosos), únicos portadores do mistério.

            Muito facilmente, os clérigos se sentiam como pessoas que estavam acima das demais. No seminário era ensinado que este estilo de vida correspondia à vontade de Deus. Não era dito aos leigos que eles eram chamados à santidade, pois viviam no mundo. Entendia-se que quem vivia no mundo era mundano. No espaço público, a Igreja aparecia como manifestação pública da fé, que ocorria por meio das quermesses, procissões, acordos políticos bilaterais etc. Antes da Reforma Protestante do séc. XVI, entendia-se que o mundo deveria ser cristão católico. Para ser salvo era necessário se converter à fé cristã católica.

            Uma Igreja fechada em si mesma também é uma Igreja voltada para si mesma, preocupada em ser o centro, presa em um emaranhado de obsessões e procedimentos. A burocracia religiosa é um fenômeno típico deste modelo ultrapassado de Igreja: regras para tudo, e parte delas existia para dificultar o caminho de acesso à graça de Deus. Até hoje algumas permanecem, apesar das exortações do Papa, que tem insistido no desaparecimento delas.

            Fechada em si mesma, a Igreja não tem interesse naquilo que acontece no mundo e, consequentemente, também não se preocupa com a vida das pessoas que habitam o mundo. Os próprios interesses passam a ocupar o centro das atividades eclesiais, marginalizando-se, assim, o anúncio do Evangelho de Jesus. Desse modo, a Igreja perde a sua razão de ser, pois nasceu para evangelizar. Uma Igreja fechada em si mesma também não está aberta às surpresas de Deus.

            Outra pedra de tropeço na longa história da Igreja é o apego às próprias seguranças. Certamente, toda instituição precisa de meios para desenvolver a sua missão. Com a Igreja não é diferente. Mas quando falamos de Igreja, não estamos nos referindo a uma instituição comum, mas de uma comunidade de crentes, instituída sobre a pedra angular, que é Jesus, o Messias. Jesus é o fundamento da Igreja e, portanto, a razão de ser e de existir da Igreja no mundo.

            Composta por mulheres e homens que vivem a experiência do pecado, a Igreja muitas vezes se desvia do caminho, perde o rumo da navegação no grandioso oceano da vida e da história. Pela fé, o Espírito a conduz, trabalhando diuturnamente, para direcioná-la a Deus. Em meio às fraquezas e quedas, ela muitas vezes se apega às próprias seguranças. A aquisição de um imenso patrimônio material e cultural, bem como as alianças com os poderes deste mundo, durante a sua longa história, fizeram com que a Igreja se transformasse em uma instituição dotada de poder humano.

            Quando se tem prestígio, poder e riqueza, corre-se o risco de se entregar a estas coisas. A confiança nestas coisas é caminho certo rumo à perdição. Desse modo, perde-se o horizonte da missão. Jesus deixa de ser a riqueza fundamental, sendo substituído pelas seguranças que o prestígio, o poder e a riqueza podem assegurar. A confiança em Deus fica gravemente comprometida, e começam a aparecer os escândalos que tem provocado uma ferida grandiosa na Igreja, ultimamente exposta aos olhares do mundo.

2. Uma Igreja em saída

            Na visão do Papa, a Igreja em saída é uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas. Para se ferir, acidentar-se e enlamear-se, a Igreja precisa sair de si mesma. Sair para onde? A missão da Igreja acontece neste mundo; mundo criado por Deus e lugar da sua manifestação. O povo de Deus vive no mundo, e os pobres do povo, que são os mais vulneráveis, vivem nas periferias do mundo. Parece óbvia esta realidade, mas não era a compreensão que se tinha antes do Vaticano II. A espiritualidade cristã pré-conciliar era marcada por uma escandalosa fuga do mundo. Com o concílio se descobriu que, fugindo do mundo, a Igreja não consegue cumprir o mandato missionário que recebeu de Jesus.

            Atualmente, há uma onda neopentecostal presente nas Igrejas cristãs, que tem revisitado algumas experiências espiritualistas da Igreja pré-conciliar. Esta onda também tem ressuscitado a espiritualidade marcada pelo desprezo às realidades do mundo e por uma fuga que, em muitos casos, chega a ser doentia. Há sinais evidentes daquilo que podemos chamar de esquizofrenia espiritual, ou seja, do cultivo de uma espiritualidade marcada pela mania de perseguição espiritual e outras perturbações congêneres. Não se vislumbra a caridade fraterna, presente no compromisso efetivo e afetivo com os injustiçados deste mundo. Fala-se em salvação das almas, como se estas existissem neste mundo sem o corpo ferido das pessoas, dos crucificados da história.

            Somente uma Igreja em saída é capaz de correr riscos em nome das grandes causas do Reino de Deus. As periferias existenciais são muitas, e o povo continua sendo vítima dos poderosos deste mundo. A sede e a procura por Deus continuam existindo, e a desorientação é generalizada. Assim como no passado, também hoje a Igreja é desafiada a ir ao encontro dos que clamam por justiça e paz. O mundo está cada vez mais efervescente: os conflitos estão se acirrando, e o sangue dos inocentes é constantemente derramado.

            Quem se unirá ao clamor das vítimas? Quem anunciará a Boa Notícia do Reino de Deus aos pobres? Quem tomará o partido dos injustiçados? As liturgias das Igrejas cristãs expressam o clamor das vítimas? A Igreja tem sino um sinal de comunhão com os que sofrem? Tem ela realizado o papel do bom samaritano, que cuidou das feridas do caído? Os líderes religiosos tem se identificado com o Cristo, Bom Pastor, aquele que foi capaz de dar a vida pelas pessoas? Constatam-se conflitos com os poderosos deste mundo por causa da opção pelos pobres e pela defesa da terra e seus recursos? O que tem sido mais importante: a vida das pessoas, ou as leis e/ou as prescrições legais? Estas e outras são questões que nos levam a enxergar a necessidade da conversão das estruturas institucionais e da mentalidade dos que professam a fé no seio das Igrejas.

3. Um Papa que convida à conversão

            O colégio cardinalício viu no cardeal Bergoglio a oportunidade providencial para chamar a Igreja à conversão. Na data de sua eleição, a Igreja católica estava sofrendo com a publicação de inúmeros escândalos sexuais, entre outros problemas. Isto comprometeu seriamente a imagem e a missão da Igreja. Assim que assumiu o pontificado, Francisco deu um novo tom na forma de o Papa falar, vestir, celebrar, pregar e estar entre as pessoas. Antes dele, a figura do Papa era muito protocolar. O pontífice aparecia de forma muito solene e pomposa, com linguagem, usos e paramentos antigos. Francisco permaneceu como vivia na Argentina: despojado e simples, próximo e profeticamente ousado. Utiliza uma linguagem acessível ao povo, e se esforça para não ser visto como um homem distante. A sua piedade é humilde.

            Porque não reforça a linguagem e a ideologia do poder clerical, o Papa encontrou e continua encontrando resistências entre leigos, seminaristas, padres, bispos e cardeais. Nos EUA, um arcebispo pediu, publicamente, a renúncia do Papa. Estes conflitos no alto escalão da Igreja se tornaram público, e ele tem sido sábio no enfrentamento de seus adversários. Aos opositores tem respondido levando uma vida dedicada à oração, à acolhida das pessoas e ao anúncio corajoso do Evangelho. Aos clérigos, seus discursos tem sido enfáticos, combatendo o mal do clericalismo, tão antigo e enraizado na vida da Igreja, e causador de inúmeros pecados e até crimes eclesiásticos.

            Não é o Papa sozinho que mudará toda a Igreja. A conversão desta não depende somente de uma pessoa. Nem que o Papa se utilizasse de todo o seu poder de mando, exercendo-o de forma autoritária, de cima para baixo, mesmo assim a Igreja não mudaria. O autoritarismo não provoca mudanças, mas causa feridas. A conversão não passa pelo uso do poder. Pelo menos o poder não foi o remédio dado por Jesus para a conversão das pessoas. Uma vez convertidas, estas são capazes de transformar o mundo e a Igreja. Não adianta mudar as estruturas se as pessoas estão viciadas. Também não adianta defender que as estruturas não podem ser mudadas. A conversão das pessoas provoca a conversão das estruturas. Pessoas renovadas em estruturas ultrapassadas é como o vinho novo em odres velhos.

            É verdade que o Papa tem se esforçado para transformar a Igreja numa verdadeira Igreja samaritana, disposta a servir os caídos nas estradas do mundo. Ele tem apontado nesta direção. É verdade também que muitas coisas permanecem do mesmo jeito, sem mudanças substanciais. Neste caso, não basta ter boa vontade, mas é preciso também contar com a força das circunstâncias. A Igreja não é uma instituição nova, portanto, assim como as suas estruturas foram sendo formadas ao longo de séculos, a desconstrução, reconfiguração e/ou atualização requerem tempo e enfrentamentos. O apego e as disputas pelo poder tem atrapalhado muito o processo de conversão das estruturas e das pessoas na Igreja.

            Não condenar, mas reabilitar teólogos; não julgar, mas acolher as pessoas cansadas e atribuladas; não recuar, mas denunciar os crimes do sistema capitalista selvagem; não acobertar, mas provocar a discussão sobre os abusos sexuais praticados por clérigos e religiosos, buscando soluções possíveis; não somente ensinar e exortar, mas abrir o ouvido para o exercício da escuta das pessoas e das vítimas; não compactuar, mas chamar as lideranças eclesiásticas para a experiência da conversão do coração e da mente; não se distanciar, mas falar e agir com simplicidade e proximidade; não abusar do poder, mas confiar no auxílio do Espírito que sonda todas as coisas... Estas atitudes de Francisco tem ajudado muita gente a entrar no caminho de Jesus e nele perseverar.

            Que este mesmo Espírito faça brotar e frutificar no seio da Igreja e neste mundo dividido por discórdias, as sementes da justiça e da paz semeadas por Francisco. E que seu pontificado perdure por mais alguns anos, para que o ar da primavera continue circulando no seio da Igreja, esta embarcação que tem sobrevivido às águas agitadas do mar da vida. Sejamos, pois, esperançosos!

Tiago de França

terça-feira, 12 de março de 2019

O caminho da conversão

          Nenhum cristão pode afirmar que não precisa se converter. A conversão é para toda a vida. Quando afirmamos que há pessoas convertidas é porque existem pessoas que optaram pelo caminho de Jesus e nele estão perseverando. O fato de estar no caminho de Jesus não significa que esteja imune à tentação de abandoná-lo; e, infelizmente, há muitos que abandonam.

            Desse modo, já temos o significado evangélico do que chamamos de conversão: colocar-se no caminho de Jesus. “Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia e siga-me”, nos diz Jesus (Lc 9, 23). Inicialmente, Jesus fala de um querer: “se alguém quer...” Para que haja conversão deve existir este querer. Ninguém está obrigado a se converter. A conversão é um chamado à liberdade, e somente pode ser vivida na liberdade. É neste sentido que ensina o apóstolo Paulo: “É para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5, 1).

            Querer se converter é querer seguir Jesus Cristo. A pessoa precisa saber que a conversão implica numa mudança radical de vida, pois quando alguém se decide pelo caminho de Jesus, passa a participar da sua vida. Esta participação na vida do divino Mestre muda radicalmente a vida do discípulo. Quem se aproxima, se torna próximo e segue Jesus, ganha um novo sentido para a vida. É verdade que não há um surgimento de outra pessoa, mas a mesma pessoa se identifica de tal modo com Jesus que esta comunhão de vida a faz resplandecer. Ocorre o que nos fala o próprio Jesus no evangelho de João: “Se alguém me ama, guardará minha palavra e meu Pai o amará e a ele viremos e nele estabeleceremos morada” (Jo 14, 23).

            Para seguir Jesus é preciso querer amá-lo, e quem assim procede, guarda a sua palavra. O amor é esta palavra de Jesus. O amor a Jesus nos faz praticantes de seu ensinamento fundamental. No amor, Jesus, o Pai e o Espírito estabelecem morada em nós. Mas esta relação amorosa com o Deus Uno e Trino não é meramente abstrata, mas se dá no concreto da vida. Mergulhada em Deus a pessoa não é chamada a viver contemplando-o no isolamento da solidão. Certamente, momentos de solidão são necessários para uma escuta mais apurada da voz e da presença de Deus, que também se manifesta no silêncio e na quietude.

            Somos moradas itinerantes da presença amorosa de Deus, e somente assim conseguimos irradiar esta presença no mundo. Trata-se de uma presença que acolhe, aquece e ilumina. Se Deus permanece em nós, amando-nos diuturnamente, então Ele quer chegar a todos por meio de nós. Assim, quando os outros enxergam em nós a presença de Deus é porque estamos manifestando, com nossos gestos e palavras, a ternura e a misericórdia, a alegria e a acolhida, o amor e o perdão, a compreensão e bondade, a humildade e a simplicidade divinas. A pessoa que caminha com Jesus na contramão deste mundo se transforma numa referência amorosa, e aí ocorre uma forte atração na direção de Deus. Habitando em nós, Deus atrai todos a Si.

            Teresa de Calcutá, Lindalva Justo de Oliveira, Helder Câmara, Luciano Mendes, Oscar Romero, Rosa de Lima, João XXIII, Francisco de Assis, Ezequiel Ramin, Teresinha do Menino Jesus, Alfredinho Kunz e tantos outros santos, conhecidos e anônimos, foram portadores desta presença amorosa de Deus. Eles encarnaram o amor divino. Seus testemunhos são uma clara e incontestável demonstração de como Deus age no mundo. Todos carregaram as cruzes que integram o caminho de Jesus.

            Antes de falar da necessidade de carregar a cruz, Jesus fala do renunciar a si mesmo. Falar de renúncia hoje não causa nenhuma atração. Mais que outras épocas, a renúncia sempre foi vista como algo ruim. De fato, renunciar não é algo fácil de se praticar. Geralmente, precisamos renunciar aquilo que nos causa prazer, gosto, satisfação. Vivemos num mundo que produz satisfação. O mercado produz objetos que provocam a sede de satisfação nas pessoas. Estas, de modo geral, vivem a procura de satisfação, e não conhecem nem querem conhecer limites à satisfação de seus desejos.

            É verdade que em nome da conversão não podemos cair no puritanismo. O puritanismo leva ao farisaísmo. O espírito de superioridade, que consiste em se sentir melhor que os outros, é a marca do fariseu. No evangelho encontramos Jesus desmascarando o falso moralismo dos fariseus que se consideravam justos somente porque observam a letra da lei, mas não praticavam o amor: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Sois semelhantes a sepulcros caiados, que por fora parecem belos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de toda podridão” (Mt 23, 27). Quem segue Jesus não cultiva a cultura da aparência, mas busca o essencial, que é o amor-doação.

            Portanto, a renúncia aos desejos desenfreados é importante, mas, no caminho de Jesus, também somos chamados a renunciar outros empecilhos mais gravosos, tais como: o comodismo; a arrogância; a malícia; a ignorância; o desejo da destruição dos outros; o apego ao dinheiro; o apego ao prestígio e ao poder; a indiferença. São muitas as pedras de tropeço que aparecem no caminho. O seguimento a Jesus não é fácil porque se trata de um caminho estreito e pedregoso. Vivemos diante de dois caminhos: o que conduz à vida plena, e o que leva à perdição (cf. Mt 7, 13-14). O caminho de Jesus é o que conduz à vida, caminho apertado e exigente.

             Considerando que se trata de uma missão exigente, para seguirmos Jesus precisamos do auxílio da graça de Deus. Contando somente com as próprias forças, nenhum cristão se converte nem alcança a salvação. O homem é incapaz de salvar a si mesmo. Sem a ação do Espírito Santo não há quem consiga entrar e perseverar no caminho de Jesus. Quando permitimos a ação deste Espírito, nasce o querer e a disposição de seguir Jesus. Assim, inicia-se o processo de conversão, da necessária mudança radical de vida. Esta passa a convergir na direção de Deus. Como vimos acima, o convertido se torna um com Deus Pai, Filho e Espírito Santo.

            Por fim, precisamos afirmar, categoricamente: vivemos numa realidade religiosa muito carente de pessoas convertidas, de pessoas capazes de doar a própria vida como fez Jesus. É verdade que temos, graças à ação amorosa de Deus, que não cessa, muitas testemunhas da Ressurreição de Jesus. Mas precisamos crescer cada vez mais neste caminho de santidade, que é o caminho da conversão. Precisamos avançar para as águas mais profundas (cf. Lc 5, 1-11).

Dentro e fora de nossos templos há um número grandioso de pessoas que ainda não ousaram entrar no caminho de Jesus. Isto significa que há muitos que prestam culto a Jesus, e até são fieis praticantes dos preceitos religiosos, mas que não ousam se aproximar de Jesus, para uma experiência mais íntima com ele. A experiência do ingresso no caminho de Jesus vai muito além da participação no culto e da observância dos preceitos religiosos. O culto e os preceitos devem ser expressão viva da caminhada com Jesus. Se a pessoa não faz esta experiência de Deus, o culto que presta a Deus parece perder o seu sentido. Que o Espírito nos conceda a graça de nos colocarmos no caminho de Jesus, de nele permanecermos e nos mantermos fieis até o fim.

Tiago de França