Neste
domingo, a Igreja católica celebra a Solenidade da Santíssima Trindade. Não há
inteligência neste mundo que seja capaz de desvendar este mistério: o mistério
de um Deus em três Pessoas distintas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
O Pai
é o Criador de todas as coisas, o Amoroso, que com o Filho e o Espírito existe
desde sempre e para sempre. Este Pai não é homem nem mulher, é o mistério da
perfeição, que em Jesus se revelou puro amor. O Pai é Amor e infinita
misericórdia. Não é um carrasco, que criou o homem para vingar-se no tempo
oportuno. Não. O Pai não é um vingador, mas é um Deus apaixonado por tudo o que
criou, que a todos assiste porque jamais abandonará a obra criada. É um Deus
apaixonado pelo ser humano, capaz de tudo para salvá-lo.
O
Filho é Jesus, o Messias. Ungido do Pai, revelou ao mundo quem é o Pai.
Humanamente, foi escandalosamente perfeito. Experimentou a condição da carne
humana: fraca e limitada. Em comunhão com o Pai e o Espírito, venceu a morte e
o mundo. Graças a Ele, conhecemos as entranhas da Trindade: pura relação
constante de amor. O Filho amou as pessoas até o fim, até a morte de cruz.
Assim, revelou-nos o grande desejo divino: recapitular todas as coisas. O
Cristo Jesus é o nosso modelo de homem perfeito e de prática humana do amor divino.
Ele é o nosso Salvador.
O
Espírito Santo, com o Pai e o Filho, também se manifestou ao mundo e no mundo.
Veio para ajudar os discípulos de Jesus a continuarem a sua missão redentora.
Este é o Espírito que sonda todas as coisas, que nos faz conhecê-las e amá-las.
É o grande revelador da vontade do Pai manifestada em Jesus. É este mesmo
Espírito que ilumina, guia, orienta e sustenta o discípulo que se colocou no
caminho de Jesus. No mundo, trabalha, dia e noite, realizando a obra de Jesus,
que encontrará o seu desfecho final na realização total do Reino de Deus.
Esta é
a Trindade, Deus Uno e Trino, mistério de amor, que a tudo abraça e ama. Este
Deus ama a cada um de nós, com cuidado e predileção. A nossa comunhão com Ele
nos conduz à felicidade verdadeira e plena. Abertos e disponíveis à ação
amorosa da Trindade, esta faz a sua morada em nós e, assim, tudo é possível. Em
nós, Deus nos ama e nos ensina a amar, nos torna verdadeiramente livres e nos
faz conhecer, desde agora, as alegrias da vida eterna.
Tiago de França
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