Há muitos problemas no Brasil:
o desemprego, a violência e a corrupção são os maiores. Quais medidas o governo
está propondo para resolvê-los? Nem durante a campanha nem após a eleição,
Bolsonaro pronunciou a palavra emprego. Não parece preocupado com a triste
situação dos mais de 12 milhões de desempregados.
No que tange à violência, quando deputado pelo Rio de
Janeiro, Bolsonaro nunca propôs nada para ajudar aquele estado. O ex-juiz
federal e atual ministro da Justiça e Segurança Pública só fala em combater a
corrupção. Parece que não se deu conta de que se tornou ministro da segurança
pública.
Em relação
ao problema da violência, até agora não propôs absolutamente nada. O estado do
Ceará está um caos, e a única medida tomada foi a mesma do governo Temer: envio
das forças armadas, como se estas resolvessem alguma coisa.
Considerando
a forma como estão tratando o caso dos ex-assessores e motorista da Família
Bolsonaro, bem como do caixa 2 do ministro da Casa Civil, o combate à corrupção
será igual ao que ocorreu na operação Lava Jato, que combateu somente a
corrupção de pessoas ligadas ao PT e aos governos petistas. Nada se fez até
agora para investigar, processar e punir políticos não petistas como Temer,
Aécio, Beto Richa, Geraldo Alckmin e outros.
Facilitar o acesso às armas não é uma medida que visa
promover a segurança pública. Se assim fosse, os EUA seriam um país seguro. Todos
sabemos que os norteamericanos são conhecidos no mundo pela violência, pela
quantidade insuperável de pessoas presas e pela chacina de pessoas. O povo
daquele país vive em estado de alerta.
No Brasil, a situação não é diferente: caminhamos para a
cifra de 800 mil pessoas encarceradas; mais de 60 mil pessoas são assassinadas
por ano; a violência e o crime organizado dominam a sociedade. O Estado não
sabe nem tem interesse de resolver a situação. Vive adotando medidas paliativas
para passar a ideia de que está tomando providência. O atual governo foi eleito
sem nenhum projeto para esta área. Os brasileiros continuarão sendo
assassinados, principalmente os mais pobres.
Com armas em casa, as pessoas terão mais facilidade de
matar umas às outras. O decreto assinado pelo presidente dá liberdade para a
posse de até 4 armas por pessoa. Está mais que clara a intenção do presidente:
facilitar para que os brasileiros se matem. Assim, se reduz os gastos do
governo. Gente morta é sinônimo de economia de gastos. É uma forma diabólica de
conter o número da população. Esta parece ser a ideia central.
O decreto do governo beneficiará, em primeiro lugar, à indústria
das armas. Esta é a primeira interessada a beneficiada. Também os criminosos
serão beneficiados, pois poderão roubar e furtar armas nas residências das
pessoas. Por fim, aqueles que possuem um desejo oculto de matar pessoas também
estão felizes com a medida. A partir de agora poderão ter armas para eliminar
seus inimigos. Usar as armas para a legítima defesa é o que menos se verá
acontecer.
Não é nenhum exagero afirmar, categoricamente, que os
responsáveis pelo sangue das vítimas desta medida são o presidente que a
adotou, seus correligionários e as pessoas que o elegeram. O banho de sangue
certamente será mais intenso. Os mais pobres que se cuidem!
Tiago de França
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