Diante
da repercussão internacional das queimadas criminosas na Amazônia, ligadas ao
desmatamento que ocorre na região, Bolsonaro resolveu falar em cadeia nacional.
Quem
assistiu às suas falas anteriores, logo percebeu a falsidade do discurso, que
alguém deve ter escrito para ele ler. Todos sabemos a real posição dele, a
saber: 1) É favorável à exploração da Amazônia; 2) É contrário à rigidez na
fiscalização para combater crimes ambientais; 3) É o grande apoiador do
agronegócio, que o ajudou a chegar ao poder; 4) Não está preocupado com a vida
dos povos indígenas que vivem na Amazônia; 5) É contrário a todos os acordos
internacionais que visam proteger o meio ambiente e mitigar o aquecimento
global.
Assim,
mente o presidente quando apresenta a imagem de um governo preocupado em
preservar a Amazônia. Basta pesquisar seus discursos anteriores para chegar à
conclusão de que, em matéria ambiental, o Brasil está praticamente perdido. O
ministro do meio ambiente falou mais cedo que "a solução para a Amazônia é
monetizá-la", ou seja, transformar a Amazônia em dinheiro.
Somente
uma pessoa mal informada e alienada acredita no discurso do Bolsonaro. Um
presidente que, pela primeira vez na história republicana brasileira, questiona
dados científicos emitidos por órgãos nacionais e internacionais sérios,
induzindo as pessoas a trocar a ciência pelo achismo, visando esconder suas
reais intenções, totalmente contrárias ao bem comum. Estamos no século XXI,
portanto, passou a época em que a mentira prevalecia e ficava por isso mesmo.
A
realidade está aí, estampada, nua e crua, não enxerga quem não quer. É possível
conhecê-la. Basta querer. Os instrumentos para o conhecimento são acessíveis.
Não nos deixemos enganar. A situação é grave e exige conhecimento e
posicionamento. Somos cidadãos e, consequentemente, responsáveis pelo país.
Este presidente não caiu do céu. Em um curto espaço de tempo poderemos mudar esta
situação. Para isto, é preciso ter consciência política. É isto que falta ao
nosso povo. Quem sabe esta situação vergonhosa e vexatória nos ajude a
despertar.
Tiago
de França
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