segunda-feira, 20 de abril de 2009
Quando secar o rio da minha infância
Quando secar o rio de minha infância,
secará toda dor.
Quando os regatos límpidos de meu ser secarem, minh’alma perderá sua força.
Buscarei, então, pastagens distantes
Irei onde o ódio não tem teto para repousar.
Ali, erguerei uma tenda junto aos bosques.
Todas as tardes me deitarei na relva,
e nos dias silenciosos farei minha oração:
Meu eterno canto de amor: expressão pura de minha mais profunda angústia
Nos dias primaveris, colherei flores para
meu jardim da saudade.
Assim, exterminarei a lembrança de um passado sombrio.
Frei Tito de Alencar, OP
Paris, 12 de outubro de 1973
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário