quinta-feira, 23 de abril de 2020

O risco do fim do isolamento social


A Organização Mundial da Saúde diz que a América Latina está prestes a experimentar o pior momento da pandemia. Isto significa que o vírus está se proliferando.
Desconsiderando este dado, justamente neste momento, o isolamento social está sendo diminuído. Em outras palavras, quando as pessoas deveriam ficar em casa, porque o vírus continua matando mais gente, as pessoas estão voltando ao "normal".
A consequência lógica será o aumento das mortes. No Brasil, o governo não tem interesse na testagem da população. O interesse do governo é eleitoral, igual nos EUA. A vida humana não está em primeiro lugar. Quando perguntado pelos mortos, que já são quase 3 mil, o presidente responde que não é coveiro.
O fim do isolamento vai provocar o aumento de morte dos pobres. Os ricos não vão se arriscar, pois tem condições de se proteger. Os pobres estão sendo pressionados a voltar a trabalhar para seus patrões, que junto com o governo estão sustentando o discurso da economia.
Cada vez mais, muita gente morrerá porque as UTIs no Brasil estão praticamente ocupadas, com pessoas infectadas e em estado grave, além das que estão morrendo por causa de outras doenças. Esta é a realidade: o contágio está crescendo, dezenas de brasileiros estão morrendo diuturnamente, e o governo federal não está preocupado com isso.
Está mais que evidente o recado do governo federal: Se as pessoas morrem, o que é que tem? Resta-nos fazer outras duas perguntas para a nossa reflexão pessoal neste momento trágico de perda de dezenas de vidas: A vida de cada brasileiro não é importante? E você que acabou de ler essa reflexão breve, está disposto a pegar o vírus e perder a vida em nome da economia que enriquece os ricos e mata os pobres?...

Tiago de França

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