Inúmeros são os motivos que provam a importância do
isolamento social neste momento de pandemia do coronavírus no Brasil. A
situação é grave e merece a nossa atenção.
Eis dez motivos que julgamos suficientes para nos
convencermos de que precisamos levar a sério o isolamento social, principalmente
as pessoas que não trabalham nos serviços essenciais das listas estabelecidas
pelos decretos dos governos estaduais e municipais.
1. O número de mortos no Brasil e no mundo estão
demonstrando a letalidade e periculosidade do vírus. De fato, não é uma
"gripezinha". No Brasil, já são mais de 20 mil mortos.
2. Não há uma vacina que previna do vírus. Provavelmente,
em menos de um ano a vacina não será ofertada. E quando ela sair, não chegará a
todos de forma imediata. Vacina é cara e vai exigir do Estado muito dinheiro
para disponibilizá-la para todas as pessoas, gratuitamente.
3. O vírus mata pessoas de qualquer faixa etária. Muitas
pessoas que tinham boa saúde perderam a vida. Quem é saudável não pode pensar
que pegando o vírus não morrerá. Cada organismo reage de um jeito à ação do
vírus. Tudo depende do nível de imunidade do corpo.
4. A cloroquina não resolve todos os casos, nem é
cientificamente aprovada pela Organização Mundial de Saúde. Em torno desse
medicamento há uma forte questão política. Até os EUA desistiram da cloroquina
como remédio principal para o tratamento do vírus, porque perceberam a
ineficácia. No Brasil, por falta de um plano federal de combate ao vírus, o
governo federal apostou na cloroquina para camuflar a realidade, passando a
ideia de que resolverá o problema. A realidade já está desmascarando o governo.
5. Os números de contaminados e mortos indicam que chegamos
ao pico da pandemia, o que exige maior precaução por parte das pessoas. Quanto
mais gente circulando nas ruas, mais o vírus se espalha. Os países que levaram
a sério o isolamento social conseguiram reverter a situação, e já estão
retomando, progressivamente e de forma disciplinada, as atividades e o convívio
social.
6. O discurso de que a economia é mais importante que a
saúde já foi abandonado pelo presidente da República. Trata-se de um falso
discurso, pois no risco de morte, primeiro se deve cuidar em permanecer vivo.
Mortos não trabalham. O País não está parado, pois os serviços essenciais estão
funcionando. Cabe ao governo socorrer as empresas, para que não quebrem.
Dinheiro tem, mas falta planejamento e vontade política.
7. O Sistema Único de Saúde (SUS) não consegue assegurar a
todos os contaminados e doentes uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O SUS é
historicamente frágil, pois a saúde pública nunca foi prioridade dos governos.
Agora é que dá para perceber a importância de um SUS forte, capaz de atender a
todos. Apesar dos esforços dos governos estaduais, que antes do governo federal
reagiram à pandemia, muitas pessoas estão morrendo de Covid-19 por falta de
atendimento médico.
8. Toda pessoa que se expõe ao vírus corre o risco de
morrer, mas este risco não fica restrito à uma só pessoa. Por se tratar de um
vírus que se transmite com certa facilidade, o contaminado coloca outras
pessoas em risco, tanto dentro quanto fora de sua casa. Portanto, não se
prevenir é uma atitude irresponsável. Intencionalmente ou não, uma pessoa
contaminada pode causar a morte de outras pessoas.
9. Dada a indisciplina e a falta de consciência de inúmeras
pessoas, a pandemia tende a se estender por mais tempo no Brasil. Muita gente
ainda não compreendeu a gravidade do problema. Muitas delas, influenciadas pelo
presidente da República, colocam suas vidas e as de outras pessoas em risco.
Muitas já morreram, porque desdenharam do vírus e não se preveniram. O presidente
da República tem o hospital Albert Einstein para socorrê-lo, enquanto a grande
maioria dos seus seguidores só tem o SUS. Mas muitos destes se esquecem desse
detalhe.
10. O isolamento social continua sendo a melhor arma. Lavar
sempre as mãos com água e sabão, usar máscaras e ocupar a mente também ajudam.
A pandemia do coronavírus é violenta, mas não é eterna. Tudo na vida passa. O
cuidado de si e dos outros é atitude de quem tem consciência. É preciso
respeitar os limites que as circunstâncias da vida impõem. Não adianta
ultrapassá-los. O vírus está provando o quanto a vida é frágil. Nesta pandemia,
cuidado é sinônimo de prevenção.
Por estes e outros motivos, FIQUE EM CASA. Juntos somos
mais fortes. Sejamos conscientes e responsáveis. Viver continua valendo a pena,
apesar de tudo.
Tiago
de França
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